Os dois estarolas
Paulo Portas e Pires de Lima os mais cómicos e anedóticos governantes do actual governo, continuam a insistir no “milagre económico” do País coisa que infelizmente só eles notam.
Agora, vieram anunciar o grande sucesso que para eles constituiu o desenvolvimento das exportações em 2014. Ainda que os factos os desmintam tão categoricamente, mesmo assim não sentem qualquer acanhamento em apresentar o comportamento das exportações no último ano como um grande êxito.
E, encontram-se tão entusiasmados porque “no conjunto do ano de 2014 as exportações de bens aumentaram 1,9% (+4,5% em 2013) e as importações de bens aumentaram 3,2% (+0,9% em 2013)”, dados do INE. Não questionam contudo a razão que tem levado à diminuição do ritmo de crescimento das exportações, ano após ano e desde 2010, chegando agora em 2014 ao mais baixo ritmo de sempre. Em 2010 tal ritmo do crescimento atingiu 11,86%.
É ridículo e ao mesmo tempo triste assistir a estas cenas lamentáveis de governantes portugueses.
Para quem depositava todas as esperanças nas exportações como o principal motor do crescimento económico estes números vindos agora a público são deveras uma grande derrota. Um revês que tentam esconder em espectáculos de farsa delirantes.
Mas não são apenas estes números que demonstram a atrofia e a paralisação em que se encontra a nossa economia. Basta rever os dados do INE saídos ultimamente:
O índice de produção industrial apresentou uma variação homóloga de -2,0%, em Novembro.
O Índice de Volume de Negócios na Indústria apresentou, em termos nominais, uma diminuição homóloga de 5,2% em Novembro.
O Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho registou em Novembro uma variação homóloga de 0,2%.
O Volume de Negócios do sector do Comércio estabilizou, mas o número de empresas e pessoal ao serviço diminuíram.
O índice de produção na construção registou uma variação homóloga de -5,8% em Novembro.
Em Novembro de 2014, as exportações de bens diminuíram 0,4% e as importações de bens cresceram 2,8% face ao mês homólogo.
No conjunto do ano 2014, as Vendas na Indústria diminuíram 1,2% (variação média de -0,5% no ano de 2013).
De acordo com as intenções manifestadas pelas empresas no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de Outubro de 2014 (com período de inquirição entre 1 de Outubro de 2014 e 19 de Janeiro de 2015), o investimento empresarial deverá apresentar uma taxa de variação nominal de -2,2% em 2015. O principal factor limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas nos dois anos analisados foi a deterioração das perspectivas de venda.
O índice de volume de negócios nos serviços apresentou, em dezembro, uma variação homóloga nominal de -3,6% (-2,7% no mês de novembro). No 4º trimestre de 2014, a variação homóloga deste índice situou-se em -2,8%. Para o conjunto do ano 2014, o índice de volume de negócios nos serviços diminuiu 2,2%.
O índice de volume de negócios nos serviços apresentou, em dezembro, uma variação homóloga nominal de -3,6% (-2,7% no mês de novembro). No 4º trimestre de 2014, a variação homóloga deste índice situou-se em -2,8%. Para o conjunto do ano 2014, o índice de volume de negócios nos serviços diminuiu 2,2%.
A taxa de variação média da
produção na construção em 2014 fixou-se em -9,0%.
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