NO CAMINHO CERTO
O país e o mundo vivem com a Pandemia que nos tem flagelado uma
situação nova e inesperada para a qual ninguém estava preparado nem tinha
soluções pré definidas para ocorrer aos profundos e gravíssimos problemas
sanitários, económicos e sociais por ela gerados. A própria OMS vem alterando
as suas recomendações de natureza sanitária à medida que se vai conhecendo o
comportamento do vírus. E os países não podem deixar de aceitar as suas
recomendações também elas falíveis dado o desconhecimento do comportamento do
novo vírus.
O país viu-se assim confrontado com uma situação desconhecida
para a qual teve de procurar soluções de combate à propagação do vírus e em
todos os campos sociais de modo a atenuar os desastrosos efeitos da Pandemia. Foi
uma aprendizagem urgente sem tempo para experimentações. E, naturalmente nem
tudo terá decorrido da melhor maneira mas no essencial poder-se-á dizer, se
comparado com as outras nações que nos rodeiam, que Portugal teve uma reacção
aos efeitos da Pandemia que não envergonham o país, bem pelo contrário. Os
índices económicos já conhecidos dizem-nos que quer o PIB quer o desemprego
tiveram comportamentos melhores que a média dos países do euro.
A Suécia, para falar de um país que diz ter adoptado um
comportamento favorável à chamada “imunidade de rebanho”, com alguns
apreciadores entre nós, vai com mais de 4.000 mortos enquanto nós temos 1.3000,
com 33.000 infectados enquanto nó vamos com cerca de 30.000. Não sei qual a
imunidade de grupo que a Suécia alcança quando tem um número de infectados
semelhante ao nosso. E quanto à situação económica e social não ganhou nada com
a sua estratégia uma vez que o seu produto interno bruto (PIB) poderá contrair
9,7% em 2020, prevendo-se que o desemprego poderá atingir 8,8% em 2020, ou, no
pior dos casos, a previsão poderá atingir 10,1%.
Muitas dúvidas persistem, acompanham-nos e irão permanecer neste
desenvolvimento do comportamento do vírus ao longo do tempo. Muitas incógnitas
haverá ainda por descobrir. Contudo, com respeito pelo inimigo e muita
solidariedade entre todos, manifestada pelo cuidadoso comportamento social que deveremos
ter, respeitando escrupulosamente as medidas de distanciamento físico social e o
uso adequado das máscaras, seguramente que o país atravessará este difícil período
sem os sobressaltos e a angústia que outros países vivem e ou já viveram.
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