AS OPÇÕES DE CENTENO
Ter um défice de 1% e não um saldo de 0,2% significaria ter no orçamento mais 2,4 mil milhões de euros disponíveis.
Estes tais 2,4 mil milhões dariam para melhorar a Saúde, a Educação e algum Investimento, isto é, dariam para favorecer a economia resultando daí um maior crescimento económico e por essa via maiores receitas fiscais como aconteceu nos últimos 4 anos, tudo sem que a dívida aumentasse em % do PIB. Pelo contrário, diminuiria ainda assim.
Para um país com graves problemas na Saúde, Educação e Investimento é desejável que se cuide primeiro desses problemas aguardando melhores anos vindouros para o tal saldo orçamental. Não haverá qualquer risco em termos de juros de dívida ou de confiança dos mercados financeiros se estimarmos um défice de 1% e chegarmos ao fim do ano com um défice de 1%. Risco haverá se estimarmos um saldo orçamental de 0,2% e chegarmos ao fim do ano com um défice de 1%.
É preciso pensar-se nos custos e nas consequências de procurar-se um abatimento da dívida à pressa e não apenas nos seus "benefícios".
O saldo orçamental será sempre desejável mas é preciso ter em conta quais as prioridades mais urgentes. Parecendo, de senso comum, uma boa solução ter um saldo orçamental agora, poderá muito simplesmente com tal opção interromper o desenvolvimento e o progresso social e económico do país. Por exemplo, o que será melhor, manter os salários dos médicos e enfermeiros tal como está, tendo o tal saldo orçamental de 0,2% e assistir-se à sua fuga para o estrangeiro ou aumentar-se dignamente os seu salário conservando-os no país? E, como isto tudo o resto.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home