ANTES E DEPOIS
Depois dos equívocos gerados pela frase de Sisa Vieira “despesas do hoje são impostos amanhã” e também pelas interpretações equívocas que o jornal expresso fez da entrevista do primeiro-ministro, António Costa ontem na Assembleia da República desmentiu categoricamente que o governo para ultrapassar a crise económica provocada pela crise sanitária que atravessamos viesse a usar o modelo neoliberal da austeridade. Este, é o modelo da direita neoliberal que, como vimos nos tempos da Troika, apenas conduz à recessão económica, à ampliação das desigualdades sociais e ao agravando de todos os indicadores económicos.
Recorde-se o valor desses indicadores antes e depois.
Em 2010 a dívida pública era de 93% do PIB e em 2015 foi de 132% do PIB!
A dívida externa líquida em 2010 era de 82,7% e em 2015 foi de 104,5% do PIB!
A produção nacional em 2010 valia 180.000 milhões de euros e em 2015 valia apenas 173.000 milhões de euros!
Em 2010 pagávamos anualmente em juros de dívida pública 4.896 milhões de euros quando em 2015 pagámos mais de 8.500!
O Investimento ascendia em 2010 a 36.938 milhões de euros em 2015 não ultrapassou os 25.200 milhões de euros!
Em 2011 tínhamos 4.740 mil empregos e em 2015 recuámos para apenas 4.500!
O crédito mal parado das famílias e das empresas subiu de 9.585 milhões de euros em Julho de 2010 para mais de 19.000 milhões de euros em finais de 2015.
O número de pessoas que emigrou nos anos de 2011/2015 foi maior do que na década de 1960!
Aumentou a pobreza e a desigualdade social neste período de governação da coligação PPD/PP!
O PIB com a coligação PPD/PP regrediu para os níveis de 2003.
O rendimento disponível dos portugueses recuou ao ano 2000.
Entre 2010 e 2013, o PIB “per capita” português caiu 7%.
O nível de vida dos portugueses recuou, em 2013, para valores de 1990.
De acordo com o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), Portugal foi, em 2015, o país da Europa Ocidental com a maior taxa de incidência de tuberculose.
Acresce que o governo de Coelho/Portas vendeu ao desbarato o património do Estado, nas privatizações, arrecadando cerca de 9.000 milhões de euros. Mesmo assim conseguiram aumentar a dívida pública para 132% do PIB.
Não, não é pelo caminho “da austeridade sobre austeridade” que o país ultrapassa a grave crise que atravessamos.
António Costa desfez todas as dúvidas no debate parlamentar. Foi claro e oportuno. É assim que se ganha a Confiança da população. (23.04.2020)
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