O ser consumidor
Os governos de Sócrates foram sem dúvida os governos mais à direita desde o 25 de Abril de 1974. Não é caso único assistir-se a um governo “socialista” praticar uma governação neoliberal, de direita. O mesmo acontece com Zapatero e Papandréu, como antes acontecera com Blair. A política da Europa uniformizou-se e os partidos europeus da área do poder seguem a mesma política ditada de Bruxelas, pelo que terem uma matriz de esquerda ou de direita pouco significado tem. Existe alternância de poder mas não existe alternância de política. E, a esta política europeia de sentido único – o neoliberalismo, pouco importa que a sua aplicação venha de socialistas, trabalhistas, liberais ou de democratas cristãos. Para ele, a matriz social dos partidos não importa. De há muito que deixou de ter uma perspectiva social da economia e da sociedade. As suas preocupações residem apenas no bom funcionamento da “economia”, das bolsas e dos mercados.
Desde que se assegure “o bom funcionamento dos mercados” qualquer partido lhe serve. Do mais à direita ao mais à esquerda. Tudo a bem do consumidor. Para o neoliberalismo o homem só existe enquanto consumidor. Não existe o ser social mas antes o ser consumidor. Para os neoliberais torna-se portanto necessário reformar a sociedade de alto a baixo. Retirar-lhe todo o conteúdo social que ainda mantém e substitui-lo pelo conteúdo e culto do mercado. Privatize-se tudo para que tudo entre no mercado. Retire-se ao Estado todas as funções de cariz social.
São estas as “reformas” que nos esperam. É desta cartilha que serão retiradas.
Marcadores: neoliberalismo
1 Comments:
C'os Diabos... comem-se todos uns aos outros...é que nem o Mercado do Bulhão escapa....
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