adiando, adiando...
A direita reaccionária, há que chamar os bois pelos nomes,
estava à espera da subida dos juros da dívida pública por manipulação dos
“mercados” ou, e, por actuação do BCE e do Eurogrupo mas, por alguma razão, estas
entidades mostram-se expectantes quanto à situação política em Portugal, talvez
porque não queiram repetir por precipitação uma actuação tão desastrada quanto a
da Grécia.
O que é certo, é que a atitude passiva destas instâncias está
a quebrar o ímpeto agressivo da Troika portuguesa (PR, CDS e PSD).
Serviram-se, quando tomaram o poder em 2011, dos altíssimos
juros da dívida que então tornavam difícil ou inviável o financiamento do
Estado, para responsabilizar o PS pela chamada “bancarrota” do país, omitindo descaradamente
as suas verdadeiras causas, que não foram outras senão os efeitos da crise
internacional e os seus reflexos na subida vertiginosa dos juros das dívidas
públicas na generalidade dos países europeus. Esperavam agora qualquer coisa
semelhante para justificarem a sua permanência no poder.
Os terrenos por onde irá caminhar a coligação de esquerda não
serão fáceis e é sempre possível que os “mercados” queiram entrar em jogo. Observa-se
contudo que as “armas dos mercados”, BCE e Eurogrupo permanecem na caserna,
mantendo-se por enquanto distantes e imparciais, para mágoa e desespero da
Troika portuguesa que desamparada e sem saber o que fazer vai adiando, adiando,
…
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