domingo, novembro 22, 2015

adiando, adiando...


A direita reaccionária, há que chamar os bois pelos nomes, estava à espera da subida dos juros da dívida pública por manipulação dos “mercados” ou, e, por actuação do BCE e do Eurogrupo mas, por alguma razão, estas entidades mostram-se expectantes quanto à situação política em Portugal, talvez porque não queiram repetir por precipitação uma actuação tão desastrada quanto a da Grécia.
O que é certo, é que a atitude passiva destas instâncias está a quebrar o ímpeto agressivo da Troika portuguesa (PR, CDS e PSD).

Serviram-se, quando tomaram o poder em 2011, dos altíssimos juros da dívida que então tornavam difícil ou inviável o financiamento do Estado, para responsabilizar o PS pela chamada “bancarrota” do país, omitindo descaradamente as suas verdadeiras causas, que não foram outras senão os efeitos da crise internacional e os seus reflexos na subida vertiginosa dos juros das dívidas públicas na generalidade dos países europeus. Esperavam agora qualquer coisa semelhante para justificarem a sua permanência no poder.
Os terrenos por onde irá caminhar a coligação de esquerda não serão fáceis e é sempre possível que os “mercados” queiram entrar em jogo. Observa-se contudo que as “armas dos mercados”, BCE e Eurogrupo permanecem na caserna, mantendo-se por enquanto distantes e imparciais, para mágoa e desespero da Troika portuguesa que desamparada e sem saber o que fazer vai adiando, adiando, …