sexta-feira, outubro 02, 2015

É deveras espantoso!!!

Lamentavelmente o PS não conseguiu desmontar a estratégia fundamental da coligação PaF que consistiu em fazer recair sobre o anterior governo todas as culpas da situação de crise que o país vive e viveu. Uma vez mais Coelho/Portas não tem pejo algum em mentir e faltar à verdade histórica.
Ora, não é verdade atribuir culpas ao governo de Sócrates pela chamada crise das dívidas públicas que a Europa viveu. Sócrates não foi o responsável pela falência do Lehman Brothers ou pelo ida da Troika para a Irlanda ou para a Grécia ou pela bancarrota da Islândia ou ainda pelo quase resgate da Espanha e a subida dos juros da dívida pública a valores quase insuportáveis na Itália e na Bélgica e de uma maneira geral pelos países do euro.
Não se pode honestamente responsabilizar a governação de Sócrates pela subida vertiginosa dos juros da dívida pública no auge da crise do euro e que tornou impossível o financiamento do país através dos mercados financeiros e a consequente vinda da Troika.

Ao não saber desmontar esta estratégia tornou-se muito difícil ao PS contradizer a PaF quando ela se apresenta como responsável por “corrigir” o rumo e “entrar no caminho certo” como se lê na “mensagem aos portugueses” distribuída pela coligação.
Daí a impensável eventual vitória eleitoral da coligação Coelho/Portas.
Depois de:
O PIB com a coligação PaF regrediu para os níveis de 2003.
O rendimento disponível dos portugueses é inferior ao do ano 2000.
Entre 2010 e 2013, o PIB “per capita” português caiu 7%.
O nível de vida dos portugueses recuou, em 2013, para valores de 1990.
O número de pessoas com emprego não era tão baixo desde 1995.
O investimento caiu para níveis que não se registavam desde finais dos anos oitenta.
O número de pessoas que emigram todos os anos é maior do que na década de 1960
  Existem mais de um milhão e duzentas mil pessoas sem encontrar um emprego em condições
A pobreza e a desigualdade aumentaram, num dos países que era já dos mais desiguais de toda a Europa.
A dívida pública aumentou de 94,0% do PIB em 2010 para 130,2% em 2014.
Em 2010 tínhamos uma divida externa líquida de 82,7% do PIB que aumentou para 104,5% em 2014.
O IRS aumentou mais de um terço entre 2010 e 2013.
É deveras espantoso!!!