EMPOBRECIMENTO CONTÍNUO E AUSTERIDADE PERPÉTUA
Coelho e o
PPD, deram agora em falar do “modelo” por que se rege o governo.
Para eles
trata-se de um modelo que é mau, detestável e com resultados muito negativos. Dando
naturalmente a entender que o modelo correcto e bom seria o que praticou durante
os últimos quatro anos de governação PPD/PP. Isto é, o modelo neoliberal, com
as suas reformas neoliberais de empobrecimento contínuo e de austeridade
perpétua
a que Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, se referiu como aquele que
“piora a vida das pessoas mas melhora a vida do país”.
É isto que a PàF tem a oferecer aos
portugueses como alternativa ao governo de António Costa.
Desde logo a
reversão das políticas de reposição de rendimentos executadas nos últimos meses
pelo governo do PS, porque, dizem eles, “vivemos acima das nossas
possibilidades”.
E quando nós
afirmamos que as políticas neoliberais causam um empobrecimento contínuo não
estamos a ser irrealistas ou a exagerar os resultados da sua aplicação. As
políticas neoliberais têm como objectivo precisamente o empobrecimento ou
“ajustamento” ou o que quer que lhe queiram chamar e são, pela sua própria
natureza, medidas de cariz recessivo, isto é, medidas que conduzem à redução de
salários e ao agravamento de impostos sobre o trabalho. Medidas que, nestas
condições, geram e levam inevitavelmente ao encerramento de empresas e à
destruição de emprego o que, por sua vez, acarreta mais impostos e redução de
salários gerando novo ciclo recessivo que se repete perpetuamente.
Ainda que a
espaços possa eventualmente assistir-se à inversão destes ciclos recessivos só
que de muito curta duração e mercê de condições favoráveis conjunturais
excepcionais.
Não tendo
nada para oferecer aos portugueses, a não ser a continuação das políticas de
austeridade interrompidas pelo governo do PS, esforça-se o PPD e o seu líder e desde
que perdeu o poder, por anunciar um mundo de desgraças que recairiam sobre os
portugueses fruto do “mau modelo” da governação de António Costa.
O certo é
que tais previsões catastrofistas, cada vez mais diabólicas, vão caindo uma a
uma à medida que os meses vão passando e os portugueses, olhando às últimas
sondagens, cada vez mais confiam no actual governo.
Com um PPD
que com Coelho enveredou por um radicalismo neoliberal declarado, praticando
uma oposição que vive da criação sucessiva de factos políticos fantasmagóricos
e fora da realidade e colocando-se fora do diálogo democrático e enveredando apenas
pela prática de uma “oposição de ruptura”, pode António Costa governar descansado
enquanto o PPD assim continuar e se dedicar à caça de “Pokémons”.
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