A intransigência neoliberal do eurogrupo e a resposta do Syriza
Caem num tremendo erro todos aqueles defensores da austeridade sem fim e da política imperial da união europeia liderada pela Alemanha quando conjecturam sobre a actuação política futura do novo governo grego. A tese defendida é a de que logo que o governo do Syriza se confronte com a realidade - e para eles a realidade é de que não há alternativa ao caminho da austeridade traçado pela Alemanha e seguido por todos os outros – todas as suas promessas eleitorais cairão por terra com a aceitação de todas as medidas impostas pelo cardeal Schauble um dos maiores crentes dos dogmas neoliberais.
Eles parecem não compreender que o Syriza, tal como o Podemos em Espanha ou o nosso movimento “que se lixe a troika” (se os seus líderes se tivessem a seu tempo constituído numa formação política) que estes partidos não se afirmam por qualquer uma das ideologias convencionais. Não são socialistas, nem trabalhistas, nem liberais, nem social-democratas, nem democratas cristãos, nem comunistas.
Eles são apenas contra as medidas neoliberais, contra a austeridade sem fim. E, é por esta razão que têm vindo a ganhar uma grande expressão social e eleitoral uma vez que todos os outros partidos, quer sejam socialistas ou social-democratas que governam na união europeia, não só se demitiram de defender as populações da devastação neoliberal como alinharam na sua defesa e aplicação.
Na verdade, amplas camadas da população, professores, médicos, administrativos, operários qualificados, pequenos comerciantes e pequenos industriais, numa palavra, a classe média, viu-se de um momento para outro, quando atacada nos seus rendimentos e no seu bem-estar pelas medidas neoliberais da austeridade sem fim, completamente desprotegida, sem que os partidos da área da social-democracia (socialistas e social-democratas) até aí seus defensores tradicionais se empenhassem em sua defesa. Ao contrário, deram-se conta que quer os partidos socialistas quer os partidos socias democratas não só ignoravam a defesa dos seus interesses como igualmente se mostravam carrascos para com eles. Ficaram sem qualquer partido que os defendesse e os representasse. Esta a razão do fulgurante aparecimento do Podemos ou do Syriza.
Não será credível portanto, que o Syriza venha a ceder em suas promessas eleitorais e a adoptar as medidas neoliberais que lhe querem impor a todo o custo tal como fez entre outros o partido socialista francês. Desenganem-se de vez. Compreendam que estão a enfrentar uma realidade nova.
Com certeza que a Grécia irá enfrentar tempos difíceis, uma vez que será muito pouco provável esperar alguma cedência do radicalismo neoliberal da Alemanha, de Schauble e dos seus comparsas Rajoy ou Coelho.
O Syriza anunciou hoje, a manter-se a intransigência neoliberal do eurogrupo, estar pronto a promover um referêndum sobre a saída da Grécia do euro.
É o caminho, por mais difícil que se mostre.
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