“NOS AÇORES MODEROU-SE”
Não será estranho que o partido Chega alcançará uma votação apreciável em próximas eleições legislativas.
Todos nós nos temos cruzado com alguém que de algum modo tem demonstrado ao longo dos anos conviver mal com a democracia, não escondendo alguma simpatia pelo passado fascista anterior ao 25 de Abril.
Desta gente muitos acoitaram-se quer no PSD quer no CDS. Agora que o Tribunal Constitucional legitimou o Chega como partido coerente com os princípios democráticos apesar da sua prática xenófoba e racista, como se comprovou pelas intervenções e propostas do seu Congresso recente, é previsível que todos estes órfãos do passado se aglutinem no partido Chega.
Com a legitimação acrescida oferecida por Rui Rio na governação dos Açores, não será de surpreender que possa atingir até uns 20% em votação (seguindo o princípio de Pareto) em próximos actos eleitorais.
Esvaziará o eleitorado do CDS e acolherá muito do eleitorado do PSD.
Vivendo de um populismo desenfreado qualquer pequeno “deslize” das instituições democráticas lhe servirá de pasto para a sua propaganda.
E muitas actuações indignas de um estado democrático têm sido cometidas pelos governos do chamado “arco da governação”. Contratos ruinosos com entidades privadas que prejudicam o estado, uma total inacção em tornar a Justiça actuante e eficaz ou uma prática legislativa da Administração Pública favorecendo as elites partidárias.
Tudo servirá de aproveitamento político pelo partido do caricato Ventura. Aproveitando-se das deficiências da prática democrática tudo fará para desacreditar o regime democrático apregoando o seu novo “sistema político” isto é os seus objectivos totalitários e fascistas. (17.11.20
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