Um presidente “faz de conta”
A viagem do presidente, constitui em suas palavras, uma grande chatice.
“É preciso levantarem-se das poltronas” para sair do país à procura de “novas oportunidades” económicas.
Supremo sacrifício.
Sair de Lisboa, acompanhado por dezenas de amigos, rumo às paragens asiáticas, Timor, Austrália, Singapura. Em hotéis de grande luxo e passeios às estufas do Oriente com tudo pago com o dinheiro dos contribuintes.
Com a filantrópica missão de aliciar os asiáticos no investimento em Portugal. Como se os investidores, neste mundo globalizado, precisassem de “convites” para aplicarem o seu dinheiro. Pouco se preocupa o presidente, em solo pátrio, em melhorar a morosidade e eficácia da Justiça, em agilizar os processos de licenciamento, em reduzir os custos de energia e combustíveis, em combater a corrupção administrativa, em agilizar os procedimentos administrativos. Tudo isto sim, efectivos entraves ao investimento estrangeiro em Portugal.
Ardiloso, com a frase “ é preciso levantarem-se das poltronas” o presidente pretende justificar a sua viagem, completamente inócua e ineficaz, como algo transcendente e de grande interesse nacional.
Um presidente faz de conta num país cada vez mais miserável.
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