domingo, agosto 31, 2008
quinta-feira, agosto 14, 2008
A estupidez do contentamento do governo
En comparaison avec le même trimestre de l'année précédente, le PIB corrigé des variations saisonnières de la zone euro a enregistré une croissance de 1,5% et celui de l’UE27 de 1,7% au cours du deuxième trimestre 2008.
Portugal, ficou-se pelos 0,9%. Continuamos a divergir, 0,6% com a Zona Euro e 0.8% com a UE27.
(Dados do Eurostat hoje divulgados)
(Dados do Eurostat hoje divulgados)
domingo, agosto 03, 2008
A EDP, os Monopólios, o Estado e os Cidadãos
A EDP teve nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de lucro de 66,6%, mais exactamente 703 milhões de euros.
E, no mesmo dia em que anunciou tais lucros, queixava-se o seu presidente, das baixas tarifas que os consumidores portugueses pagam pelo bem de primeira necessidade que é a energia eléctrica. “Que a tarifa não cobria os custos de exploração” acrescentava o dito gestor, contribuindo uma vez mais para alimentar a grande mistificação que existe sobre os preços praticados pela EDP e, com o mesmo discurso, preparando a opinião publica para novos aumentos. Estes “robots tecnocráticos” em que se tornaram os gestores públicos, pagos a peso de ouro, sem compreender o papel social que qualquer empresa cumpre na sociedade, possuem como único objectivo a maximização dos lucros. Tornaram-se numa classe social que se confunde com os políticos, saltando de administradores de empresas para ministros ou secretários de estado ou o seu contrário, constituindo-se hoje uma poderosa “elite” da nossa classe política. Desprovidos de qualquer sensibilidade social, sacralizam a empresa, mais do que o mercado, com uma visão neoliberal extrema.
E, no mesmo dia em que anunciou tais lucros, queixava-se o seu presidente, das baixas tarifas que os consumidores portugueses pagam pelo bem de primeira necessidade que é a energia eléctrica. “Que a tarifa não cobria os custos de exploração” acrescentava o dito gestor, contribuindo uma vez mais para alimentar a grande mistificação que existe sobre os preços praticados pela EDP e, com o mesmo discurso, preparando a opinião publica para novos aumentos. Estes “robots tecnocráticos” em que se tornaram os gestores públicos, pagos a peso de ouro, sem compreender o papel social que qualquer empresa cumpre na sociedade, possuem como único objectivo a maximização dos lucros. Tornaram-se numa classe social que se confunde com os políticos, saltando de administradores de empresas para ministros ou secretários de estado ou o seu contrário, constituindo-se hoje uma poderosa “elite” da nossa classe política. Desprovidos de qualquer sensibilidade social, sacralizam a empresa, mais do que o mercado, com uma visão neoliberal extrema.
Em primeiro lugar, será necessário compreender primeiro que os monopólios, como são os casos da EDP, Águas, PT, Brisa, Galp, procuram sempre a exploração máxima de preços, tendo como limite, não o mercado como regulador que no caso de monopólios não existe, mas unicamente a diminuição da procura. A tendência será sempre aumentar os preços até que a redução da procura limite os ganhos e assim os preços. Não é o mercado o regulador dos preços mas apenas a redução da procura que se verifica em cada instante. Ora acontece que nos bens de primeira necessidade, a redução de consumo traduz-se em penosos e inadmissíveis sacrifícios para os cidadãos. Numa civilização com os padrões éticos, sociais e humanos, alcançados pela humanidade neste início do século XXI, será seguramente um retrocesso social se a sociedade não encontrar formas de contrariar uma tal exploração. Ao não existir o mercado, cumpre ao Estado contrariar a natural ganância dos monopólios, pela fixação e regulação administrativa dos preços ou mesmo pela socialização destes monopólios que produzem bens de primeira necessidade.
No caso da EDP, a exploração de que são vítimas os consumidores, atinge mais graves proporções ainda. Em cada uma das facturas que os lares portugueses recebem todos os meses, cerca de 27% do seu custo é destinado a financiar a “EDP Renováveis”. São assim os consumidores portugueses que estão a sustentar uma nova empresa do reino da EDP, empresa esta que é privada e com capitais em Bolsa. Todos os portugueses estão deste modo a subsidiar interesses privados. Se a EDP fosse uma empresa estatal estaríamos na presença de mais um imposto encapotado, assim, e não tenho outro modo de o definir, trata-se de um declarado “roubo” praticado por privados com a anuência do Estado.
O custo mensal de uma factura da EDP, com um contador monofásico com um mínimo de taxa de potência, com um mínimo de consumo é presentemente de 30 euros. A maioria dos reformados portugueses recebe menos de 300 euros mensais o que significa que pagam por um bem de primeira necessidade mais do que 10 % da sua pensão. Coisa que nada diz ao Governo, ao Presidente da República e muito menos aos “robots tecnocráticos” que têm vindo impunemente a desgraçar este País e o seu Povo.
sexta-feira, agosto 01, 2008
O Pior Presidente da III Republica Portuguesa
Num país desgraçado pela má governação, com cada vez maior número de pobres, com o agravamento das desigualdades sociais, com a grande maioria dos portugueses em grandes dificuldades para pagar as contas da EDP, PT, Gás, casa, carro, filhos, comida, (enquanto os lucros da EDP somam 600%) vir o presidente falar da "dissolução da Assembleia dos Açores" torna-se caricato, mais ainda pelo dramatismo e expectativas que criou.
Se alguns portugueses já sentiam algum desconforto pelo "desamparo" do presidente às suas dificuldades diárias, ver agora Cavaco Silva, colocar como questão primeira e fundamental do País o "estatuto dos Açores", torna-se seguramente mais visível ainda, não estar o presidente minimamente interessado ou preocupado com as reais dificuldades dos seus compatriotas.