Desastre económico e social
Depois do verdadeiro desastre económico e social a que nos levaram as políticas neoliberais, nestes últimos quatro anos:
Recessão total de 8,6% em menos de quatro anos (-2,9% em 2009; -1,5% em 2010; -3,2% em 2012; -1,0% em 2013);
Destruição de milhares de empregos e falências de milhares de empresas;
Aumento do desemprego (que subiu de 9,5% para 15,7%);
Emigração de jovens qualificados da ordem dos 200.000/ano;
Aumento das desigualdades sociais (uma minoria duplicou a riqueza enquanto a esmagadora maioria viu diminuíram drasticamente os seus rendimentos);
Aumento da pobreza e do risco da pobreza;
Aumento em escalada da falta de pagamentos das famílias da água, electricidade, gás e prestação das casas;
Deterioração dos cuidados de Saúde, da Educação e Protecção Social;
Redução de salários e pensões e aumento de impostos sobre o trabalho;
Venda ao desbarato do património de todos nós das empresas rentáveis e que dão mais lucros;
Vejamos mais concretamente a evolução dos principais indicadores económicos do país, comparando os períodos compreendidos entre 2005 e Junho de 2011 (início da governação PSD/CDS) e entre Junho de 2011 e Dezembro de 2013:
CRESCIMENTO
De Março de 2005 a Junho de 2011 a média anual de crescimento foi de 0,33p.p. De Junho de 20011 a 2013, na governação Passos/Portas o crescimento deu lugar à recessão e foi de menos 2p.p. ao ano.
INVESTIMENTO
Segundo dados do INE e dados constantes do orçamento rectificativo, o investimento em Portugal começou a diminuir a partir de 2007, tendo-se registada uma quebra muito mais acentuada a partir de 2010, ou seja, após a entrada da “troika” e do governo PSD/CDS.
Assim, enquanto entre 2005 e 2010, portanto num período de 5 anos, o investimento caiu em 10, pontos percentuais, entre 2010 e 2013, portanto num período de apenas 3 anos com a “troika e o governo PSD/CDS, a redução do investimento atinge 38p.p.. Entre 2010 e 2013, o investimento total em Portugal a preços constantes, ou seja eliminando o efeito do aumento de preços, diminui de 33.232 milhões € para 22.984 milhões €, o que significa um corte de 10.248 milhões € (menos 30,8%).
DESEMPREGO
Quanto ao desemprego ele subiu de 7,6% em 2005 para 12,6%em Junho de 2011 e 16,4% em 2013. Subiu a uma taxa de 1p.p. ao ano na governação anterior para uma média de 2p.p. (mais do dobro) na governação Passos/Portas.
DÍVIDA PÙBLICA
De Março de 2005 a Junho de 2011 a dívida passou de 67,7% para cerca de 100% (Junho de 2011) enquanto de Junho de 2011 a 2013 a dívida aumentou em 31,3p.p. (de 100% para 127%).
A subida da dívida pública tem uma média de 5,4p.p. ao ano no tempo de Sócrates enquanto na governação de Passos Coelho e Portas o aumento da dívida de Junho de 2011 a 2013 é de 31,3p.p., isto é, uma média anual de 12,5p.p..
Depois de tudo isto, causado pela aplicação das medidas neoliberais, vem agora o governo e o seu séquito de cegos e obstinados ortodoxos dizerem-nos que o crescimento do terceiro trimestre de 0,2% de 2013 (que compara com um crescimento de 1,1% no segundo trimestre de 2013), é sinal de mudança e fruto das tais medidas neoliberais que arruinaram o país nestes últimos quatro anos. Eu não sei se o país já bateu ou não no fundo, mas tudo leva a crer que este débil crescimento não é sustentável (1,1% no segundo trimestre e apenas 0,2% no terceiro não se afigura muito animador para o futuro) e que ao avançarem as propostas orçamentais para 2014, teremos novamente a recessão à porta.
Depois da ruina que causaram ao país gaba-se o governo e a sua corte de ortodoxos ultra liberais que agora é que a coisa está bem e que se espera um futuro radioso de recuperação.
Será que para sair da austeridade, como diz o governo, se torna necessário aplicar mais austeridade?
Será que para os portugueses viverem melhor será necessário reduzir salários e pensões e encarecer e degradar os serviços públicos?
Será que isto faz algum sentido?
Será que para os portugueses viverem melhor será necessário reduzir salários e pensões e encarecer e degradar os serviços públicos?
Será que isto faz algum sentido?
5 Comments:
Parece impossível uma pessoa com grandes conhecimentos no campo da economia, como é o Sr. Carlos Sério, ainda não ter visto, ou ter medo de dizer, que não há qualquer crescimento ou diminuição do desemprego. O que o governo diz é um processo bem orquestrado de intoxicação da população que se destina a atemorizar o chamado partido socialista para que este se una há coligação no poder.Ou então querem apresentar alguma medida muito gravosa para o Povo, talvez a "descoberta" de mais algum buraco nos dinheiros do Estado que fingem só agora ter sido descoberto, para tentarem refrear a contestação
Pois..pois...
ora ...dizem os jornais...Governo adia extinção da Parque Expo....
...Oh...Oh!!!...atão e porque será...???
Ainda dos ditos...jornais...parece que vai por aí grande frenesim para a escolha de lugares nas europeias...
Mas caro Blogger...já foi contactado...??? ....
....é que eu ainda não fui e é sabido que tenho manifestado junto de vários sectores ....a minha total disponibilidade para a defesa da democracia na Europa...( e arredores...)
...como já estou especialista em aperto de cinto e cortes nas pensões...acho que desempenharia bem o meu papel....
Fico atento...!!!??? e expectante....??!!
ò anonimo das 7:47, nem todos os politicos podem ser a favor de salários baixos e cortes nas pensões. E diminuir impostos para Ricos.
O´anónimo das 8.04....
....e aonde é que eles estão que não se vêm....????
e o cinto sempre a apertar...???
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