Incapaz de
se tornar uma alternativa ao governo, incapaz de apresentar quaisquer propostas
alternativas mobilizadoras, permanecendo na esfera dos seus ideais neoliberais,
o que só por si a torna imobilizada no tempo e assim impossibilitados de
qualquer proposta credível, permanecendo crente e fiel às suas crenças da
austeridade e do empobrecimento, a direita radical, este PPD e este PP, depois
de apostarem tudo no fracasso do governo e das suas políticas, orçamentais,
financeiras, económicas e sociais, nada lhes resta a que se possam agarrar para
contestarem a governação de António Costa.
Apostaram
tudo na estratégia do diabo e saíram derrotados, completamente derrotados.
Encontram-se
agora sem rumo porque o seu modelo social que preconizam e tentaram impor ao
país, o seu modelo neoliberal de empobrecimento e “mais austeridade para sair
da austeridade”, ruiu estrondosamente, à vista de todos, e por essa razão tornam-se
agora incapazes de o assumir e o defender ainda que lhe permaneçam
dogmaticamente fiéis.
É por esta
razão que agora deram em inventar um novo slôgane. Já não arriscam dizer que
vem aí o diabo, não, agora o slôgane é que a proposta de orçamento para 2018
não tem uma “visão de futuro” não “prepara o país para o futuro”. Logo
repetidamente difundido pelos comentadores seus serventuários e pela comunicação
social que declaradamente está ao seu serviço e de modo militante.
As
estruturas do poder económico e financeiro desejariam seguramente que o país regressasse
às políticas neoliberais “amigas” dos mercados. Com mais privatizações (transportes,
águas, pensões, educação, saúde …), com redução de impostos sobre o capital (IRC,
imobiliário, grandes lucros,…), com aumento de impostos sobre o trabalho, com
redução de salários e pensões.
Tudo ao
contrário do que este orçamento contém.
Este
orçamento para 2018 “não tem futuro”, no dizer deles, porque diminui as
desigualdades sociais, reparte mais equitativamente a riqueza produzida, e é
socialmente mais justo.
Abandona a “economia
que mata” como lhe chama o Papa Francisco e por isso é sim um orçamento de futuro.
E não só no
campo social. Quando se prevê, como este orçamento prevê, a maior queda anual
da dívida pública da democracia portuguesa, quando dá continuidade à maior
queda anual do défice público, quando se assiste ao crescimento anual da
economia como há décadas não assistíamos, quando tivemos em 2017 e se prevê
para 2018 o maior excedente orçamental sem juros da Zona Euro, quem em seu juízo
perfeito poderá afirmar com honestidade que este não é um orçamento de futuro?