A TESTAGEM
A TESTAGEM
“A austeridade não é senão uma luta de classes.” Noam Chomsky
A TESTAGEM
Muita gente se interroga sobre as razões que levaram a que os médicos alemães prestassem a sua ajuda num hospital privado e não num hospital público.
Nem todos os políticos com responsabilidades institucionais, infelizmente, sabem estar à altura nos momentos mais inesperados, críticos e difíceis da sociedade. Não é o caso de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.
Uns chicos espertos, iluminados e arautos da direita, uma espécie de escaravelhos “rola bosta”, assistindo ao esbracejar da dita no atoleiro em que estupidamente se deixou mergulhar (PSD 20%; CDS 1%; Chega 10%; IL3%) alvitram, sem vergonha, uma iniciativa golpista que SALVE A DIREITA da merd@ em que se atolou.
Os hospitais privados não intervieram mais na situação da Pandemia pela simples razão que não tinham capacidade para mais.
Ouço falar em “erros” cometidos pelo governo na gestão da Pandemia, mas não vejo ninguém a enumerar e concretizar afinal quais os “erros” cometidos.
Desde Março que existem Planos de Contingência nos hospitais. Tais planos foram escalonados de acordo com a variação/aumento temporal do número de casos. Plano que tem vindo a ser aplicado. A isto chama-se Planeamento e Gestão Preventiva, acresce, todo o material sanitário, as toneladas de material sanitário que foram atempadamente adquiridos. A isto também se chama Planeamento.
Será assim tão difícil de entender que nesta desenhada ofensiva de direita, na tentativa de criação de uma “onda de direita” (por caricato, mais forjada na comunicação social que nos próprios partidos da oposição) iniciada agora, depois da ”aceitação e do entendimento” que o partido Chega pode constituir um parceiro de governação de uma direita aglutinada; com o aproveitamento político também, dado pela ruptura da esquerda com o voto contra do BE no orçamento; nesta ofensiva cada vez mais agressiva encabeçada pelas televisões, tudo servirá, para atacar o governo de António Costa.
Lamentável que Mariza Matias não tivesse aproveitado a oportunidade para esclarecer o que entende por Social-Democracia na entrevista que deu na TVI. Dada a confusão que anda por aí quando, desde o PPD até ao BE, todos se dizem social-democratas apesar das suas práticas políticas contraditórias e muitas vezes antagónicas, que vão desde práticas liberais e ultraliberais ou neoliberais, seria oportuno que Mariza Matias esclarecesse quais os princípios sociais-democratas que diz defender.
Não será estranho que o partido Chega alcançará uma votação apreciável em próximas eleições legislativas.
Torna-se pouco compreensível para os portugueses de convicções verdadeiramente sociais-democratas a postura política do BE nas negociações que vem mantendo com o PS para a aprovação do orçamento de 2021. Na verdade, o BE com o seu radicalismo negocial parece estar mais interessado em confrontos que conduzem à ruptura das negociações do que a genuína procura de pontos de entendimento.
Não será muito sensato ou aceitável que António Costa, antes de qualquer discussão com os partidos à sua esquerda, anuncie com dramatismo e a maior publicidade que, ou eles aprovam o próximo orçamento, que ninguém conhece ainda, ou não haverá orçamento algum (ameaçando portanto com novas eleições). Com tamanho dramatismo e alarmismo será lógico colocar em dúvida as reais intenções do PS quanto a uma nova parceria com o BE e o PCP.