quinta-feira, novembro 30, 2006
o barómetro
As sondagens encomendadas pela TSF e DN à Marktest, o “barómetro” como lhe chamam, vêem-se revelando como autênticos meios de propaganda e manipulação da opinião pública. Agora não lhes basta propagandearem em cada mês que passa a “popularidade” do governo, nos “barómetros”, com resultados sempre favoráveis. Ultimamente aliás, sucedem-se “barómetros” a torto e a direito. Antes sobre o aborto, ontem mesmo sobre as transferências de verbas para a Madeira.
Questionado o presidente da região sobre o assunto declarou que tais sondagens fabricadas pela Marktest não lhe mereciam qualquer crédito. Tem toda a razão Alberto João Jardim. Quando, em vésperas de eleições presidenciais, esta mesma empresa de sondagens, colocou Mário Soares à frente de Manuel Alegre com 6 pontos percentuais, na verdade pouco mais haverá a acrescentar quanto à sua “credibilidade”.
quarta-feira, novembro 29, 2006
outras sodagens
A maioria dos portugueses considera que os sindicatos da Função Pública tiveram razões para organizar uma greve geral nos passados dias 9 e 10 de Novembro. Face às reformas introduzidas pelo Governo na Administração Pública, em particular a mobilidade e as carreiras dos funcionários, uma sondagem CM/Aximage, realizada entre os dias 15 e 17 de Novembro, revela que 59,9 por cento dos inquiridos apoia a decisão dos sindicatos.
Do universo de inquiridos, apenas 29,2 por cento considerou que os sindicatos não tinham motivos para avançar com a greve geral. (cm)
Valha-nos não ser apenas a Marktest ( empresa de sondagens exclusiva para o Diário de Notícias e a TSF)a fazer sondagens em Portugal.
Valha-nos não ser apenas a Marktest ( empresa de sondagens exclusiva para o Diário de Notícias e a TSF)a fazer sondagens em Portugal.
pois,pois...
A riqueza produzida nas economias mais desenvolvidas tem vindo a crescer de forma sustentada ao longo dos anos, atingindo níveis nunca antes vistos. Este crescimento reflecte o aumento da produtividade, a inovação tecnológica e a extensão das trocas comerciais.
No entanto, a colheita dessa riqueza tem beneficiado, sobretudo, os detentores do capital, enquanto o bolso da grande maioria - que vende a sua mão-de- -obra - está cada vez mais leve.Dados compilados pela Comissão Europeia revelam que a parcela de riqueza que é destinada aos salários é actualmente a mais baixa desde, pelo menos, 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza que se traduz em lucros, que remuneram os detentores do capital, é cada vez mais alta. (dn)
contrastes
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) acusa a EDP de prestar um mau serviço à indústria nacional por não garantir o fornecimento de energia sempre que se verificam más condições meteorológicas. A electricidade para a indústria, diz a AEP, é "não só cara, mas de má qualidade".
A EDP vai investir cerca 1,04 mil milhões de euros entre 2007 e 2010 em novos projectos de produção de electricidade no Brasil, anunciou ontem o presidente executivo da EDP.
Os lucros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) subiram 31% nos primeiros nove meses deste ano, face a igual período de 2005, para 555,2 milhões de euros, revelou, ontem, a instituição financeira estatal. Resultados que, antes de impostos, atingiram 733,3 milhões de euros, mais 32% que em Setembro do ano anterior. (jn)
terça-feira, novembro 28, 2006
segunda-feira, novembro 27, 2006
mais Autoridades
Entende o governo, ser indispensável criar mais alguns órgãos da Administração Pública, com a incumbência de estudar as vias de comunicação, o tráfego e os transportes das regiões metropolitanas. Já têm nome, serão Autoridades.
Tais órgãos, nomeados pelo governo, não dependem da hierarquia das regiões metropolitanas, mas do governo central. As propostas das novas Autoridades e do governo irão prevalecer assim, às propostas dos órgãos municipais eleitos em cada município de que se componha cada região.
Para um governo que se diz regionalista não está nada mal. Centraliza-se em vez de se descentralizar. Nas palavras, dão-se vivas ao regionalismo, na prática centraliza-se tudo o que vier à mão.
Quanto ao aumento das despesas públicas com a criação dos novos organismos é coisa menor que não entra nas preocupações do governo.
As várias equipas técnicas dos vários municípios das Juntas metropolitanas, têm vindo de há muito a dialogar entre si, com conhecimento profundo dos problemas dos transportes e tráfego das suas regiões e das soluções mais adequadas. Têm seguramente para o governo, o senão de não dependerem directamente dos ministérios. E essa coisa torna-se imperdoável.
Tais órgãos, nomeados pelo governo, não dependem da hierarquia das regiões metropolitanas, mas do governo central. As propostas das novas Autoridades e do governo irão prevalecer assim, às propostas dos órgãos municipais eleitos em cada município de que se componha cada região.
Para um governo que se diz regionalista não está nada mal. Centraliza-se em vez de se descentralizar. Nas palavras, dão-se vivas ao regionalismo, na prática centraliza-se tudo o que vier à mão.
Quanto ao aumento das despesas públicas com a criação dos novos organismos é coisa menor que não entra nas preocupações do governo.
As várias equipas técnicas dos vários municípios das Juntas metropolitanas, têm vindo de há muito a dialogar entre si, com conhecimento profundo dos problemas dos transportes e tráfego das suas regiões e das soluções mais adequadas. Têm seguramente para o governo, o senão de não dependerem directamente dos ministérios. E essa coisa torna-se imperdoável.
mudamse os tempos...
Parece estar a acabar-se o grande foguetório do governo. Depois do grande foguetório dos PRACES, SIMPLEX, Planos Tecnológicos, etc vê-se agora sócrateso forçado a virar-se para coisas mais pequenas. Promete-se a conclusão do IC16 e a terceira faixa no restante traçado do IC 19.
A circular externa metropolitana da área de Lisboa, a IC16, vai agora ter portagens. Longe vão os tempos dos protestos do partido socialista quanto à taxagem da CREL. Mudam-se os tempos (tempos de governo / tempos de oposição) mudam-se as vontades.
domingo, novembro 26, 2006
sábado, novembro 25, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
Manipulação e intoxicação públicas
Todos os meses, a empresa de sondagens Marktest, dirigida por um antigo dirigente da UGT e destacado militante do PS, por encomenda do DN e TSF, órgãos da comunicação social mais do que simpatizantes do partido do governo, apresenta umas sondagens relativas à popularidade do governo, da oposição e dos líderes partidários.
Nestes últimos meses, a Marktest tem vindo a conseguir uma proeza de vulto ao colocar o PS e Sócrates à frente das sondagens quando tudo indicaria o contrário.
De facto, como os portugueses não são zombies nem masoquistas, será difícil dar crédito a tais resultados mas, se nos lembrarmos que esta empresa realizou uma sondagem dois ou três dias antes das últimas eleições presidenciais e nela colocava Mário Soares afrente de Manuel Alegre com uma diferença de 6%, compreendemos afinal, tratar-se tão só, de uma manipulação de resultados. Provavelmente as pessoas inquiridas são retiradas dos cadernos de militantes do PS. Só assim se compreendem tais resultados.
Não temos dúvidas de que se trata de uma manipulação e manobra de intoxicação da opinião pública. Só não compreendemos a razão porque o PSD não encomenda ele próprio uma outra sondagem e passivamente, se mantenha aprisionado a esta infame manipulação.
Nestes últimos meses, a Marktest tem vindo a conseguir uma proeza de vulto ao colocar o PS e Sócrates à frente das sondagens quando tudo indicaria o contrário.
De facto, como os portugueses não são zombies nem masoquistas, será difícil dar crédito a tais resultados mas, se nos lembrarmos que esta empresa realizou uma sondagem dois ou três dias antes das últimas eleições presidenciais e nela colocava Mário Soares afrente de Manuel Alegre com uma diferença de 6%, compreendemos afinal, tratar-se tão só, de uma manipulação de resultados. Provavelmente as pessoas inquiridas são retiradas dos cadernos de militantes do PS. Só assim se compreendem tais resultados.
Não temos dúvidas de que se trata de uma manipulação e manobra de intoxicação da opinião pública. Só não compreendemos a razão porque o PSD não encomenda ele próprio uma outra sondagem e passivamente, se mantenha aprisionado a esta infame manipulação.
recuo do governo
O Governo alargou ontem à GNR “o direito de passagem à reforma sem redução da pensão”. A PSP ficou de fora e promete luta.
quinta-feira, novembro 23, 2006
o estatuto da carreira docente
O governou aprovou hoje em conselho de ministros o novo estatuto da carreira docente. Uma das alterações nele contidas, limita os lugares de topo da carreira dos professores. Ao mesmo tempo cria uma nova classe de “administradores das escolas” seleccionados de professores que até aí leccionavam e que deixam de o fazer precisamente para se ocuparem das tarefas burocráticas das escolas.
O estatuto prevê assim duas classes de docentes: os que ensinam e os que não ensinam. Os primeiros mais mal pagos e sem acesso aos lugares de topo, os segundos, mais bem pagos e com acesso ao topo da carreira.
Instalada a divisão administrativa é licito questionar se será correcto um professor com capacidades de leccionar fora de comum, com uma vocação que se cumpre ensinando e que não quer desistir de o fazer porque aí reside a sua vocação, ver coarctada a possibilidade de alcançar os lugares mais altos da sua carreira.
Este estatuto, em vez de premiar os professores que ensinam melhor, acaba por premiar os “professores” que gostam de tarefas burocráticas e não gostam de leccionar. È um contra-senso.
Os argumentos a que o governo recorre para justificar tal aberração são falaciosos e sem sentido. O governo, se fosse politicamente sério, diria simplesmente que tal medida surge apenas como o expediente que lhe pareceu mais aceitável para reduzir a massa salarial dos docentes e diminuir assim as Despesas do Estado. Expediente por expediente, haveria seguramente outros que não se tornariam tão gravosos para a Educação quanto este. Retirar os bons professores das turmas e dos alunos e colocá-los em tarefas burocráticas é seguramente prejudicial às escolas e à Educação.
O estatuto prevê assim duas classes de docentes: os que ensinam e os que não ensinam. Os primeiros mais mal pagos e sem acesso aos lugares de topo, os segundos, mais bem pagos e com acesso ao topo da carreira.
Instalada a divisão administrativa é licito questionar se será correcto um professor com capacidades de leccionar fora de comum, com uma vocação que se cumpre ensinando e que não quer desistir de o fazer porque aí reside a sua vocação, ver coarctada a possibilidade de alcançar os lugares mais altos da sua carreira.
Este estatuto, em vez de premiar os professores que ensinam melhor, acaba por premiar os “professores” que gostam de tarefas burocráticas e não gostam de leccionar. È um contra-senso.
Os argumentos a que o governo recorre para justificar tal aberração são falaciosos e sem sentido. O governo, se fosse politicamente sério, diria simplesmente que tal medida surge apenas como o expediente que lhe pareceu mais aceitável para reduzir a massa salarial dos docentes e diminuir assim as Despesas do Estado. Expediente por expediente, haveria seguramente outros que não se tornariam tão gravosos para a Educação quanto este. Retirar os bons professores das turmas e dos alunos e colocá-los em tarefas burocráticas é seguramente prejudicial às escolas e à Educação.
os tais sinais...
O fabricante norte-americano de alumínio Alcoa anunciou na quarta-feira que pretende fechar a unidade fabril da AFL, no Seixal, e transferir a sua produção para uma unidade na Hungria. (cm)
(Serão estes os sinais, tão badalados pelo senhor feliz e pelo senhor contente, por sócrates e teixeira dos santos, relativos à melhoria da economia nacional?)
é sempre a abrir...
A concessionária de auto-estradas Brisa tomou como referência para o aumento das portagens para 2007 um valor de inflação (três por cento) que não corresponde ao último valor revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A diferença entre três por cento (relativo ao mês de Setembro) e os 2,7 por cento revelados para Outubro representa um aumento de 0,3 pontos percentuais para os utilizadores e um encaixe de 1,5 milhões de euros para a Brisa. (cm)
ou comem todos...
As associações sindicais da GNR e PSP exigem o mesmo regime de reformas aplicado aos militares. Polícias e guardas reclamam a possibilidade de se aposentarem com a reforma completa, se tiverem atingido, em 31 de Dezembro de 2005, os vinte anos de serviço.(cm)
quarta-feira, novembro 22, 2006
lucros a qualquer preço
Um sector dos Correios entrou há dias em greve. Alegam os trabalhadores que a Administração pretende substituí-los entregando as tarefas que até aqui desempenhavam a empresas externas.
Na verdade, as Administrações dos Correios, sempre nomeadas politicamente pelos governos, têm vindo nos últimos anos a recorrer a trabalhadores externos, mesmo na distribuição do correio. Poupam alguns dinheiros seguramente mas pioram e degradam o serviço que prestam aos seus clientes.
De carteiros profissionalizados passámos a ter curiosos, a trabalhadores temporários, pagos a recibo verde por mini empresas de “vão de escada”. Seria bom que as Administrações dos Correios divulgassem a percentagem do correio extraviado e o seu tempo de demora, comparado com as percentagens de há uma ou duas décadas atrás.
Naturalmente que a distribuição do correio só deveria ser entregue a trabalhadores que assegurassem idoneidade e merecessem confiança. Mas a corrida ao menor custo a qualquer preço, entrou ultimamente nas estratégias dos “nossos” gestores. A sua preocupação maior não é o servir melhor os clientes, mas procurar sempre os mais baixos custos de produção. Nesta ânsia, neste frenesim pelas maiores receitas, estão a converter as estações de correios em “lojas de conveniência”, onde se vende tudo, desde vinhos a cartões de sócio do Benfica, numa completa descaracterização das estações.
A Portugal Telecom, mesmo antes do senhor Belmiro ou a EDP estão a praticar a mesma politica de gestão, sempre com o agravamento das condições de serviço prestado ao cidadão. É uma gestão que está na moda, que faz escola, e que coloca os clientes no último escalão das preocupações da empresa.
Na verdade, as Administrações dos Correios, sempre nomeadas politicamente pelos governos, têm vindo nos últimos anos a recorrer a trabalhadores externos, mesmo na distribuição do correio. Poupam alguns dinheiros seguramente mas pioram e degradam o serviço que prestam aos seus clientes.
De carteiros profissionalizados passámos a ter curiosos, a trabalhadores temporários, pagos a recibo verde por mini empresas de “vão de escada”. Seria bom que as Administrações dos Correios divulgassem a percentagem do correio extraviado e o seu tempo de demora, comparado com as percentagens de há uma ou duas décadas atrás.
Naturalmente que a distribuição do correio só deveria ser entregue a trabalhadores que assegurassem idoneidade e merecessem confiança. Mas a corrida ao menor custo a qualquer preço, entrou ultimamente nas estratégias dos “nossos” gestores. A sua preocupação maior não é o servir melhor os clientes, mas procurar sempre os mais baixos custos de produção. Nesta ânsia, neste frenesim pelas maiores receitas, estão a converter as estações de correios em “lojas de conveniência”, onde se vende tudo, desde vinhos a cartões de sócio do Benfica, numa completa descaracterização das estações.
A Portugal Telecom, mesmo antes do senhor Belmiro ou a EDP estão a praticar a mesma politica de gestão, sempre com o agravamento das condições de serviço prestado ao cidadão. É uma gestão que está na moda, que faz escola, e que coloca os clientes no último escalão das preocupações da empresa.
mais função pública
mais uma nova Agência
O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, manifestou-se hoje convicto de que dentro de três anos o ensino superior estará todo avaliado e com cursos acreditados pela nova agência de garantia de qualidade que inicia funções em 2007.
terça-feira, novembro 21, 2006
os custos da corrupção
Mais de 38% do valor das empreitadas adjudicadas no ano passado por três das principais empresas públicas foi entregue sem concurso público, o que corresponde a mais de 200 milhões de euros. (dn)
os custos da corrupção
Se a Administração Pública portuguesa tivesse uma gestão mais eficiente e mais transparente nas compras e adjudicações de obras, poderia poupar até 4% do (PIB) produto interno bruto.
Palavras do presidente do Instituto de Administração Pública (INA).
Palavras do presidente do Instituto de Administração Pública (INA).
a grande conselheira
Manuela Ferreira Leite, ex-ministra das Finanças, não tem dúvidas de que se Cavaco Silva decidisse ir à televisão criticar o Governo de José Sócrates a oposição ficava sem espaço de manobra. Mais: “Matava a maioria dos líderes da oposição.” No programa da Rádio Renascença ‘Falar Claro’, Ferreira Leite sublinha que “ninguém se pode espantar” ou ficar “desiludido” com as palavras do chefe de Estado à SIC. “Porque o presidente pode ser tudo menos oposição”, sintetiza a conselheira de Estado. (cm)
segunda-feira, novembro 20, 2006
incoerências
No orçamento para 2007, a verba para Educação, ensino básico, secundário e superior sofreram cortes superiores a 6%. A paixão do PS pela Educação, pelos vistos esfumou-se em pouco tempo. Agora, virou-se para a Investigação Científica e Planos Tecnológicos. Como uma coisa pode evoluir sem a outra é que ninguém sabe. Mas que importância dar a este facto quando, o que importa, é tirar partido mediático da divulgação das medidas? Mesmo que elas se esfumem no tempo como bolas de sabão.
presidentes
A despesa pública anual com o pagamento da subvenção mensal vitalícia e a manutenção do gabinete de cada um dos três ex-presidentes da República ascende a 407 333 euros, em 2007. Deste total, 240 423 euros dizem respeito à pensão anual vitalícia, prevista na Lei n.º 26, de 31 de Julho de 1984. Por mês, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio recebem, durante 14 meses, uma subvenção no valor de 5724 euros, montante que representa 80 por cento do ordenado mensal do Presidente da República. (cm)
Usufruem ainda dos seguintes privilégios:
Usufruem ainda dos seguintes privilégios:
-automóvel com condutor e combustível”;
- “um gabinete de trabalho, com telefone, uma secretária e um assessor da sua confiança”;
-ajudas de custo, sempre que há deslocação oficial fora da área da residência;
-segurança 24 horas por dia;