quinta-feira, março 31, 2011

C.I.A. in Libya


C.I.A. in Libya Aiding Rebels, U.S. Officials Say By MARK MAZZETTI and ERIC SCHMITT Published: March 30, 2011, The New York Times

WASHINGTON — The Central Intelligence Agency has inserted clandestine operatives into Libya to gather intelligence for military airstrikes and make contacts with rebels battling Col. Muammar el-Qaddafi’s forces, according to American officials. While President Obama has insisted that no American ground troops join in the Libyan campaign, small groups of C.I.A. operatives have been working in Libya for several weeks and are part of a shadow force of Westerners that the Obama administration hopes can help set back Colonel Qaddafi’s military, the officials said. The C.I.A. presence comprises an unknown number of American officers who had worked at the spy agency’s station in Tripoli and those who arrived more recently. In addition, current and former British officials said, dozens of British special forces and MI6 intelligence officers are working inside Libya. The British operatives have been directing airstrikes from British Tornado jets and gathering intelligence about the whereabouts of Libyan government tank columns, artillery pieces, and missile installations, the officials said. The American military is also monitoring Libyan troops with U-2 spy planes and a high-altitude Global Hawk drone, as well as a special aircraft, JSTARS, that tracks the movements of large groups of troops. Military officials said that the Air Force also has Predator drones, similar to those now operating in Afghanistan, in reserve. Over the weekend, the United States also began flying AC-130 gunships, which attacked Libyan tanks and armored vehicles on the coastal road near Brega and Surt with 40-millimeter and 105-millimeter cannons, an American military officer said Wednesday.
(Reuters) - President Barack Obama has signed a secret order authorizing covert U.S. government support for rebel forces seeking to oust Libyan leader Muammar Gaddafi, government officials told Reuters on Wednesday. Obama signed the order, known as a presidential "finding", within the last two or three weeks, according to government sources familiar with the matter. Such findings are a principal form of presidential directive used to authorize secret operations by the Central Intelligence Agency. This is a necessary legal step before such action can take place but does not mean that it will. As is common practice for this and all administrations, I am not going to comment on intelligence matters," White House spokesman Jay Carney said in a statement. "I will reiterate what the president said yesterday -- no decision has been made about providing arms to the opposition or to any group in Libya." The CIA declined comment.

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quarta-feira, março 30, 2011

Allan Macdonald

Portugal teria a ganhar em tornar-se uma província do Brasil

Brasil Economico 30 de março de 2011 às 17:54h

Colunista do Financial Times lança uma proposta provocatória para resolver a crise de dívida: que Portugal seja anexado pelo Brasil. A imprensa britânica não poupa na ironia para apontar saídas para a crise de dívida que Portugal atravessa. A equipa de colunistas do Lex do Financial Times diz que Portugal podia tornar-se uma província do Brasil. “Aqui vai uma maneira ‘out-of-the-box’ para lidar com o problema: anexação pelo Brasil (uma década de 4% de crescimento anual do PIB, muito mais elevado recentemente). Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB”. E falam das vantagens, apesar da perda de ‘status’. “A antiga colónia tem algo a oferecer, mesmo para além da diminuição dos ‘spreads’ de crédito e, proporcionalmente, défices e contas correntes governamentais muito mais baixos. O Brasil é um dos BRIC, o centro emergente do poder mundial. Isto soa melhor lar que uma cansada e velha União Europeia”, escreve o FT, numa alusão aos avanços e recuos do Velho Continente em lidar com a crise de dívida soberana. Além disso referem que a UE considera Portugal problemático: “Sem governo, elevada resistência à austeridade e crónico desempenho económico”.

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terça-feira, março 29, 2011

responsáveis únicos


Foram Sócrates e Teixeira dos Santos que entregaram Portugal na mão dos mercados. Não apenas porque elevaram drasticamente a dívida pública, passou de 58,3% do PIB em 2004 para 0s 91% actuais (não contando com a dívida pública indirecta que, se considerada, eleva para cerca de 125% do PIB a dívida pública total), mas por alterarem e adoptarem novas políticas para a gestão da dívida pública. Na verdade, a opção de colocar a dívida pública nos mercados e assim sujeitar os seus juros à especulação da Bolsa, à especulação dos mercados, bem como a de a entregar preferencialmente a credores internacionais, só a eles se deve.

Em 2004, mais de metade da dívida pública encontrava-se nas mãos de nacionais, ao contrário de 2010, em que os nacionais detém apenas 15%. Foram eles e só eles, que criaram a nova legislação que permitiu uma tal transformação na gestão da dívida pública. São eles os únicos responsáveis e como tal devem ser julgados.

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acima de "lixo"


Ao fim de 15 anos de governação socialista, com 3 anos pelo meio de governação "social democrata", o país chegou a isto:

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Mesmo antes do "homem morto" já dividem os despojos.

coincidências


Cooperação França e Reino Unido

Os governos do Reino Unido e da França assinaram, no início deste mês (02.11.2010), dois protocolos de cooperação e partilha – embora com algumas limitações – em matérias de segurança e defesa, ainda que esperando ratificação parlamentar. Contudo, as mudanças sugeridas são profundamente prometedoras. Espera-se que os dois países criem uma força expedicionária, capaz de operar em qualquer teatro ou região do globo, a partir de 2020.


Servicios secretos franceses idearon derrocamiento de Gaddafi hace 5 meses

Según el periodista de la derecha liberal italiana Franco Bechis, los servicios secretos franceses prepararon la revuelta en Libia desde noviembre de 2010. Como señala Miguel Martínez en el sitio web progresista ComeDonChisciotte, estas revelaciones, alentadas por los servicios secretos italianos, deben interpretarse como una muestra de rivalidad en el seno del capitalismo europeo. Red Voltaire precisa que Francia y Reino Unido se asociaron en este proyecto de derrocamiento de Muammar Al Gaddafi. Sin embargo, el plan fue modificado en el contexto de las revoluciones árabes y Estados Unidos tomó entonces el control del mismo imponiendo sus propios objetivos (contrarrevolución en el mundo árabe y desembarco del AfriCom en el continente negro). La actual coalición que está llevando a cabo la intervención militar en Libia sería por lo tanto el resultado de ambiciones diversas, lo que explicaría las contradicciones internas existentes.

Según revela Bechis en sus escritos, el 20 de octubre de 2010 Nuri Mesmari, el entonces Jefe de Protocolo de la corte de Muammar Al Gaddafi, visita la capital de Túnez durante unas horas para establecer los contactos para preparar la rebelión en Libia, concretamente en la región de la Cirenaica. Además, Mesmari prepara la estocada contra Gaddafi aliándose con Francia. Precisamente un día después, el 21 de octubre, Mesmari llega a París con toda su familia argumentando que va a someterse a un tratamiento médico y probablemente a una intervención quirúrgica. Pero jamás verá a ningún médico. En cambio, si verá, y todos los días, a varios funcionarios de los servicios secretos franceses. Mesmari pide finalmente asilo político en Francia.

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líbia


Nas primeiras 24 horas do ataque contra a Líbia, os B-2 dos EUA despejaram 45 bombas de 2000 libras de peso cada uma [algo menos que 1000 quilos]. Estas enormes bombas, junto com os mísseis Cruise lançados desde aviões e barcos britânicos e franceses, continham ogivas de urânio empobrecido. O Urânio Empobrecido é o produto de resíduos do processo de enriquecimento de urânio. Utiliza-se nas armas e reatores nucleares. Devido ser uma substância muito pesada, 1,7 mais densa que o chumbo, é muito valorizado no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios. Quando uma arma que leva uma ponta de urânio empobrecido golpeia um objeto sólido, como uma parte de um tanque, penetra através dele e depois explode formando uma nuvem candente de vapor. O vapor se assenta como poeira, uma poeira que não só é venenosa, mas também radioativa.

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yes, we can

segunda-feira, março 28, 2011

o resgate

O BCE recomenda a Portugal que solicite quanto antes o resgate

Lisboa precisa refinanciar 10.000 milhões de euros em dois meses. O membro do BCE Ewald Nowotny afirma que seria "recomendavel" o seu resgate. O governador do Banco Central da Austria, Ewald Nowotny, membro do conselho do Banco Central Europeo (BCE), assinalou este fim de semana que sob o ponto de vista económico sería "recomendavel" que Portugal solicite quanto antes o resgate à UE e ao Fundo Monetario Internacional (FMI). Neste sentido, segundo Nowotny, a emissão de dívida prevista para Abril será a chave para determinar ou não o resate de Lisboa.

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domingo, março 27, 2011

"CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL" E A SUA COBERTURA LEGISLATIVA


Ministros, autarcas e directores-gerais, a partir de Abril todos estão autorizados a gastar mais dinheiro. No caso dos presidentes de câmara, o montante dos contratos que podem decidir por ajuste directo pode chegar aos 900 mil euros (até agora o máximo era 150 mil). Isto porque na véspera do debate parlamentar sobre a quarta versão do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), que incluiu cortes nas pensões e nos benefícios sociais, o Governo fez publicar em Diário da República o Decreto-Lei 40/2011, que estabelece as novas regras para autorização de despesas com os contratos públicos. ( Ler no DN)

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sexta-feira, março 25, 2011

BLOCO CENTRAL


Não serão as práticas neoliberais que alguma vez nos permitirão sair da crise. Foram as políticas neoliberais que conduziram o mundo “ocidental” à crise financeira/económica e não será a continuada insistência na sua prática que constituirão a solução. Mas vamos por partes. Se por sair da crise, se entende colocar a economia de um país com crescimentos económicos visíveis, com baixas taxas de desemprego, com redução das desigualdades sociais, com melhoria nos serviços prestados pelo Estado, na Saúde, Educação, Segurança, Justiça, não serão as práticas neoliberais seguramente que nos farão ultrapassar a crise. Contudo, se por outro lado, se entende, que sair da crise consiste em capitalizar as instituições financeiras, “acertar as contas públicas” à custa de aumento de impostos sobre o rendimento, pequeno comércio e pequena industria, ou ainda cortando nas funções sociais do Estado, isentando de agravamento de impostos os grandes consórcios económicos e financeiros ou permitindo preços de monopólio e agravando as taxas de desemprego, então sim, estamos no rumo certo.
Só que esta ultrapassagem da crise nada tem a ver com crescimento económico e social. Tem unicamente a ver com o crescimento do capitalismo financeiro. E, a maior contradição do desenvolvimento capitalista a que chegamos é precisamente esta – a contradição entre o capital financeiro e o capital produtivo. Alcançado o domínio do capital financeiro sobre o capital produtivo, só poderemos esperar agora maiores desigualdades sociais, menores crescimentos económicos, diminuição drástica das funções sociais do Estado e mais desemprego. As práticas neoliberais, as “reformas” insistentemente reclamadas pelos seus seguidores, vão todas no sentido do fortalecimento do capital financeiro, ignorando quaisquer medidas fomentadoras do crescimento produtivo e assim inviabilizando um crescimento económico e social sustentado.
O PSD, como o PS, depois de abandonarem as suas matrizes, social-democrata e socialista (se alguma vez as assumiram), encontram-se hoje completamente enfeudados às práticas neoliberais. As “reformas” que o PSD implantará quando chegar ao poder seguirão o mesmo sentido e aprofundarão as iniciadas por Sócrates. E, como a crise portuguesa não resulta apenas da “crise internacional” mas da sua própria crise interna resultante da “corrupção institucional” criada e ampliada ao longo das últimas décadas pelo “Bloco Central”, os portugueses só poderão esperar mais difíceis dias ainda porque tanto um com o outro jamais iniciarão a batalha de combate e aniquilação desse cancro que consome os dinheiros públicos.

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quinta-feira, março 24, 2011

BCE deixa de comprar DP


BCE deja de comprar deuda pública lusa

Trichet dicta sentencia y sirve en bandeja el rescate de Portugal
El BCE abandona la deuda pública lusa y los conservadores rechazan el nuevo plan de austeridad de Sócrates. Todo ello adelantaría el rescate luso.
En este sentido, Emilie Gay, economista de Capital Economics, afirma que "con el rendimiento de los bonos obstinadamente altos y fuertes amortizaciones de deuda en los próximos meses, parece casi inevitable que Portugal se vea obligado a seguir la senda de Grecia e Irlanda, aceptando el apoyo financiero de la UE y FMI". La cuestión ahora es "cuándo", no si se producirá el rescate. El tipo de interés que tiene que pagar el Tesoro luso por su deuda a medio y largo plazo supera el 7% desde hace más de un mes, un punto de inflexión que tanto Grecia como Irlanda no pudieron aguantar por mucho tiempo.
Por su parte, el banco JPMorgan advertía ayer en una nota a sus clientes que el rescate luso podría acontecer esta misma semana, aprovechando la cumbre de jefes de estado de la zona euro que tendrá lugar este jueves y viernes.

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quarta-feira, março 23, 2011


José Luis Arnaut (PSD), no frente a afrente, na Sic Notícias, depois do chumbo do PEC4.
o problema não está nas medidas do PEC4, mas da falta de credibilidade do governo em aplicá-las”.

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resgate entre abril e junho


El primer ministro, José Sócrates, propuso un nuevo plan de ajuste presupuestario bajo el título de "Cuarto programa de crecimiento y estabilidad" (PEC 4) el pasado 10 de marzo, un día antes de la Cumbre de líderes de la UE, en donde se acordó el denominado "Pacto por el Euro".
Pese a ello, fuentes comunitarias filtraron ya entonces que el rescate de Portugal tendría lugar entre abril y junio, dando por hecho que el citado plan no sólo llegaba tarde sino que, además, resultaría insuficiente para calmar a los inversores. Desde hace ya varias semanas la UE confiaba en retrasar en el tiempo esta decisión, como mínimo, hasta alguna de las cumbres europeas de este mes de marzo.

El BCE compra de nuevo deuda lusa para alejar el riesgo de intervención. Bruselas quiere diferir el rescate al menos hasta la próxima cumbre europea. (libertaddigital)

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ano mau, ano bom


Para onde foi o teu dinheiro no ano do sufoco (2010).

Os lucros da EDP sobem 5,4% para 1.079 milhões de euros,

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O tango virou fandango


Hoje em dia, o Fandango é dançado em quase todas as províncias de Portugal, através das mais diversas formas musicais e coreográficas. Actualmente existem, só no Ribatejo, quase vinte variantes de fandangos, tocados não só por acordeons, mas também por pífaros, gaitas-de-beiços, harmónios e clarinetes.

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terça-feira, março 22, 2011



Gaddafi quiso nacionalizar en 2009 petroleras de EEUU, Reino Unido, Canadá, Alemania, Noruega, España e Italia

El líder libio planteó la nacionalización de las compañías petroleras de Estados Unidos, Reino Unido, Alemania, España, Noruega, Canadá e Italia en el año 2009.
El 25 de enero de 2009, Muammar Al Gaddafi anunció que su país estaba estudiando la nacionalización de empresas extranjeras debido a la bajada de los precios del petróleo.
Estas declaraciones preocuparon a las principales empresas extranjeras que operan en Libia: la anglo-holandesa Shell, la británica British Petroleum, las estadounidenses ExxonMobil, Hess Corp, Marathon Oil, Occidental Petroleum y ConocoPhillips, la española Repsol, la alemana Wintershall, la austríaca OMV, la noruega Statoil, la italiana Eni y la canadiense Petro Canadá.
El 16 de febrero de 2009 Gaddafi dió un paso más allá e hizo un llamamiento a los libios a respaldar su propuesta de desmantelar el Gobierno y dar la riqueza petrolera directamente a los 5 millones de habitantes del país.
Sin embargo, su plan para entregar los ingresos del petróleo directamente a los libios tropezó con la oposición de altos funcionarios, que podrían perder sus puestos de trabajo debido a un plan paralelo de Gaddafi para limpiar al Estado de corrupción. Algunos funcionarios, entre ellos el Primer Ministro Al-Baghdadi Ali al-Mahmoudi y Farhat Omar Bin Guidara, del Banco Central, dijeron a Gaddafi que la medida podría perjudicar a largo plazo la economía del país debido a la “fuga de capitales”.
‘No tengais miedo a redistribuir directamente el dinero del petróleo y a crear estructuras de gobierno más justas y que respondan a los intereses del pueblo”, dijo Gaddafi en un Comité Popular.
Los Comités Populares son la columna vertebral de Libia. A través de ellos los ciudadanos son representados a nivel de distritos.
“La Administración ha fracasado y la economía del Estado ha fallado. Ya es suficiente. La solución pasa por que los libios reciban directamente los ingresos del petróleo y decidan qué hacer con ellos”, dijo Gaddafi en un discurso transmitido por la televisión estatal.
Para ello, el líder libio instó a una reforma radical de la burocracia del gobierno.
Pese a ello, finalmente, altos funcionarios del Gobierno libio votaron por retrasar los planes de Gaddafi. Sólo 64 ministros de un total de 468 que integran el Comité Popular votaron a favor de esa medida. 251 vieron positivas las medidas pero optaron por demorar su ejecución.
Ante el rechazo del Comité, Gaddafi afirmó ante un acto público: “Mi sueño durante todos estos años era dar el poder y la riqueza directamente al pueblo”.
LibreRed.net

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segunda-feira, março 21, 2011

Há mortes de civis que são danos colaterais. Há outras mortes de civis que são crimes contra a humanidade. Depende do rótulo. E do «juiz».
Gabriel Silva no blasfemias


Foram divulgadas várias fotografias de soldados norte-americanos a posarem com cadáveres de civis afegãos. A polémica estalou com a revelação destas imagens pelo ‘Der Spiegel’, que dão conta de vários membros do exército da segunda divisão de infantaria junto de corpos de civis desarmados, na sequência de um ataque perpetrado a 15 de Janeiro.
Numa das imagens, um soldado aparece com um cigarro na mão, levantando a cabeça de um homem ensanguentado. Numa outra, um militar é visto a sorrir junto a um corpo.

A lógica da guerra


Mais uma vez estamos a assistir a um falso pretexto como justificação pela intervenção dos EUA e dos seus aliados na Líbia. Na verdade, os EUA nunca se preocuparam com a defesa das populações vítimas de ditadores. Não aconteceu assim ontem como não acontece hoje. Ditadores como Pinochet e Noriega ou como actualmente, neste mesmo momento, como o rei do Bahrein, Hamad Ben Isa Al Jalifa, ou como o rei Hamad do Yemen, que estão a matar e a massacrar as populações que se revoltam e manifestam, nunca foram nem são actualmente preocupação dos EUA e dos seus aliados. Como o não foi nem é o genocídio do Darfur. A questão é bem outra; só e apenas quando os ditadores deixam de servir os interesses económicos e estratégicos dos EUA, só nesse momento, os EUA e seus aliados se “preocupam” com os direitos humanos. Esta hipocrisia de tanto repetida já não convence ninguém. O que está verdadeiramente em causa, como aconteceu no Iraque (ali a mentira consistiu nas armas de “destruição maciça”) são os interesses estratégicos e económicos dos EUA.
A Líbia detém 3,5% das reservas mundiais de petróleo, mais que o dobro dos EUA, como é ainda local estratégico para a passagem de oleodutos e gasodutos. No Iraque, mais de 100.000 civis foram mortos desde 2003, as infra-estruturas de Saúde, Educação, Viárias, etc, foram destruídas e o país regrediu trinta anos, encontrando-se ocupado militarmente e em guerra civil permanente. Mais de 4.000 soldados americanos perderam a vida desde o início da intervenção norte americana à revelia da ONU. Contudo, os EUA asseguraram o controlo do petróleo iraquiano alcançando assim os seus objectivos. E o mundo, os povos, dominados por uma elite política mundial ao serviço dos grandes consórcios financeiros/económicos, com uma comunicação social completamente controlada, assistem entorpecidos, confundidos a toda esta selvajaria criminosa.
Acentuam-se drasticamente as desigualdades sociais na Europa e, nos EUA, as desigualdades sociais são ainda mais vincadas (ocupa o 40º lugar no índice Gini atrás de Portugal, índice 70º com a Suécia a constituir o país menos desigual no 136º posto) atingindo o valor mais elevado desde 1929 (400 norte americanos apenas possuem um rendimento igual ao de 155 milhões dos seus compatriotas).
A indústria militar, que absorve grande parte do orçamento militar dos EUA e que em 2011 ascende a 708 mil milhões de dólares, a maior de sempre, (Bush em 2009 ficou-se pelos 651 mil milhões), requer, para a sua própria sobrevivência que, periodicamente, seja utilizado o armamento produzido. Tendo em conta uma tão poderosa indústria militar e os elevadíssimos lucros que proporciona, facilmente se compreenderá que jamais o mundo terá paz. Os “senhores da guerra” forjarão sempre pretextos, mais ou menos sofisticados, para abrir novas frentes de guerra escoando os seus arsenais. A busca incessante de crescentes ganâncias, o que constitui em realidade o motor desta lógica de guerra, só terá fim quando os povos souberem romper com as políticas económicas e sociais deste capitalismo neoliberal, deste capitalismo financeiro, deste capitalismo selvagem, deste capitalismo imperial que se tornou dominante no mundo e provoca desigualdades sociais crescentes, baixos crescimentos económicos e predisposição para as guerras.

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domingo, março 20, 2011

LIBYA WAR


Libia: Bombardeos de Reino Unido, Francia y EEUU matan a 48 civiles y hieren a otros 150

Reino Unido, Francia y Estados Unidos han lanzado desde aviones y barcos más de 110 misiles en zonas civiles matando a 48 personas e hiriendo a otras 150.
El ataque ha sido coordinado desde una base estadounidense ubicada en Alemania.

sábado, março 19, 2011

"operação Líbia"


A "operação Líbia" e a batalha pelo petróleo: redesenhar o mapa da África

As implicações geopolíticas e econômicas de uma intervenção militar do bloco EUA-OTAN contra a Líbia são de grande alcance.
A Líbia está entre as maiores economias petrolíferas do mundo, com aproximadamente 3,5% das reservas globais de petróleo, mais que o dobro das dos EUA.
A "Operação Líbia" faz parte de uma agenda militar mais vasta no Oriente Médio e na Ásia Central, a qual consiste em ganhar controle e propriedade corporativa sobre mais de 60% da reservas mundiais de petróleo e gás natural, incluindo as rotas de oleodutos e gasodutos. "Países muçulmanos, incluindo a Arábia Saudita, Iraque, Irão, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Iêmen, Líbia, Egito, Nigéria, Argélia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, Indonésia, Brunei, possuem de 66,2 a 75,9 por cento do total das reservas de petróleo, conforme a fonte e a metodologia da estimativa" (ver Michel Chossudovsky, The "Demonization" of Muslims and the Battle for Oil, Global Research, 04/01/2007).
Com 46,5 bilhões de barris de reservas provadas (10 vezes as do Egito), a Líbia é a maior economia petrolífera do continente africano, seguida por Nigéria e Argélia (Oil and Gas Journal). Em contraste, as reservas provadas dos EUA são da ordem dos 20,6 bilhões de barris (dezembro de 2008), segundo a Energy Information Administration - U.S. Crude Oil, Natural Gas, and Natural Gas Liquids Reserves.

a ética do Império


PRESIDENTE DOS EUA DÁ ULTIMATO A KADAFI MAS ACEITA MASSACRES NO BAHREIN E IÊMEN.

" todos os ataques contra civis têm que parar" (Barack Obama, sobre o conflito na Líbia, horas antes de embarcar para o Brasil). Enquanto isso, no Bahrein, ocupado por tropas da Arábia Saudita e submetido à lei marcial, milhares de pessoas tomaram as ruas da capital na 6º feira, no enterro de líder oposicionista morto pelo regime que ontem também demoliu a praça Pérola, ponto de encontro dos manifestantes nas últimas semanas. Governado por uma autocracia sunita, o Bahrein fica a 25 quilômetros da Arábia Saudita funcionando como uma espécie de guarita de segurança dos poços de petróleo do Golfo e estacionamento da V Frota norte-americana. No Iêmen, outro aliado carnal da Arábia Saudita e dos EUA, 41 civis foram mortos nas últimas horas. A ONU não autorizou uma zona de exclusão aérea ali; Obama não falou grosso com as autocracias locais, tampouco considerou pertinente o uso de 'todas as medidas' para proteger os civis e os direitos humanos nesses países.


Ahora sí vamos a ver bombardeos aéreos masacrando civiles en Libia

Ahora es cuando realmente el pueblo libio va a ser masacrado mediante bombardeos (ya saben: “daños colaterales) pero no de la mano de la “dictadura” de Gadafi, sino de la “democracia” occidental.
Artículos de Opinión J.M. Álvarez 18-03-2011
Kadafi voltou a ser inimigo do Ocidente

A história volta a se repetir com uma pontualidade sangrenta, como no Panamá, Iraque e Afeganistão: outra vez é preciso armar uma coalizão e lançar bombas para extirpar um mal que foi se arraigando com a cumplicidade e até a ajuda direta daqueles que hoje se mobilizam para derrotá-lo. Noriega foi um aliado das superpotências, do mesmo modo que Saddam Hussein no Iraque e os talibãs no Afeganistão. Tirá-los do poder custou milhares de vidas humanas inocentes. Kadafi e seus sócios tardios fizeram cair sobre o povo líbio o mesmo e repetitivo destino.
Eduardo Febbro

sexta-feira, março 18, 2011

a ética do Império


TODOS OS POVOS SÃO IGUAIS PERANTE A ONU,
MAS ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS

FORÇAS ESTRANGEIRAS VÃO ATACAR A LÍBIA

Conselho de Segurança da ONU aprova zona de exclusão aérea contra Kadafi e autoriza o uso “de todas as medidas para proteger civis”. Brasil, Alemanha, China, Índia e Rússia se abstiveram. Enquanto isso, no Bahrein, sob ocupação de tropas da Arábia Saudita, forças de repressão mobilizam tanques e helicópteros contra milhares de pessoas que tomaram as ruas há vários dias pedindo o fim da monarquia e liberdades democráticas. Mais seis civis foram mortos nas últimas horas. Governado por uma autocracia sunita, o Bahrein, distante 25 quilómetros da Arábia Saudita, é uma espécie de guarita de segurança dos poços de petróleo do Golfo e serve como estacionamento para a V Frota norte-americana. Seus bancos compõem um braço do imenso paraíso fiscal regional, reunindo depósitos da ordem de US$ 200 bilhões. Essa coalizão de interesses decretou a lei marcial contra o movimento de oposição xiita, etnia que compõe a maioria esmagadora da população. A ONU não autorizou uma zona de exclusão aérea contra o Bahrein, tampouco considerou pertinente o uso de 'todas as medidas' para proteger seus civis.
(Carta Maior; 6º feira, 18/03/2011)

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É difícil imaginar como pode sobreviver a Humanidade tantos milénios sem que José Sócrates estivesse presente, mas espantosamente assim aconteceu.

quinta-feira, março 17, 2011

o resgate

(fonte Blooberg)
A verdade é que não haverá uma descida segura e estável dos juros da dívida pública enquanto Sócrates e o seu governo permanecerem em funções. Sócrates não oferece qualquer confiança aos “mercados” e à UE, como igualmente não tem qualquer credibilidade em Bruxelas “o pai dos mercados”, “o pior ministro das finanças da UE”, Teixeira dos Santos.
É por esta razão que por mais PEC que Sócrates apresente, os juros da dívida pública seguirão sempre o mesmo rumo acelerado de subida. Só por razões de tacticismo partidário, de conservação de poder a todo o custo, o governo não recorreu ainda ao FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) e ao FMI como alias Teixeira dos Santos declarou ainda não há muito tempo. São gravosos os custos para o país do atrasar desta inevitabilidade. Esta polÍtica de adiamento da intervenção do FEEF não defende os interesses nacionais (pelo contrário despreza-os), como pretendem fazer crer Sócrates e Teixeira dos Santos. É inqualificável, face à situação desastrosa a que o país chegou, que se coloquem interesses partidários acima dos interesses nacionais. Porque é disto que se trata efectivamente. Não é preciso ser sábio para compreender a inevitabilidade duma intervenção do FEEF. Basta olhar para a evolução dos juros e para o comportamento dos “mercados” nos últimos meses, com ou sem orçamentos e PECs aprovados. E, quanto maior for o atraso do resgate pior serão os custos para o país.
Foram Sócrates e Teixeira dos Santos que entregaram Portugal na mão dos mercados. Não apenas porque elevaram drasticamente a divida pública, passou de 58,3% do PIB em 2004 para 0s 91% actuais (não contado com a dívida publica indirecta que, se considerada, eleva para cerca de 125% do PIB a divida pública total) ou porque subiu a dívida externa líquida no mesmo período de 64% do PIB para 108,5% do PIB, mas por alterar e adoptar novas políticas para a gestão da dívida pública. Na verdade, o drástico agravamento da dívida pública e a opção de a entregar a credores internacionais, só aquelas duas personagens se deve. Em 2004, mais de metade da dívida pública encontrava-se nas mãos de nacionais, ao contrário de 2010, em que os nacionais detém apenas 15%. Esta política foi conscientemente assumida. O “ataque” aos certificados de aforro fez parte dela. Deslumbrados com a “globalização financeira”, com a “nova modernidade”, possuidos de um provincianismo saloio, entregaram Portugal, nas mãos dos mais insaciáveis e vorazes depradadores – os “mercados financeiros”, especuladores e ávidos de ganâncias.

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terça-feira, março 15, 2011

"a ética da República"


A procuradora, casada com Alberto Martins, ministro da Justiça, reclamou verba. A hierarquia do Ministério Público disse que não tinha direito, mas pagamento foi feito.

A procuradora Maria Correia Fernandes, casada com o ministro da Justiça, Alberto Martins, recebeu em 2010 a quantia de 72 mil euros. O pagamento foi feito pelo ministério contra a opinião da hierarquia do Ministério Público que afirmou que a magistrada não tinha direito a tal verba.
A decisão foi tomada pelo antigo secretário de Estado João Correia depois de o seu antecessor, Conde Rodrigues, ter indeferido o pagamento.

BAHRAIN




Porquê o silencio da comunicação social sobre a revolta popular do Bahrain? São disparados tiros de helicópteros sobre os manifestantes com dezenas de mortos e milhares de feridos. (press tv)

Saudi soldiers sent into Bahrain
Saudi troops and police from UAE deployed to Gulf neighbour to help protect government facilities after weeks of unrest.

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segunda-feira, março 14, 2011

Sócrates, os transportes de mercadorias e os iates

INVASÃO DO BAHREIN


BAHREIN PERDE O CONTROLE DA SITUAÇÃO;
TROPAS SAUDITAS DESEMBARCAM NO PAÍS

Tropas da Arábia Saudita do Golfo desembarcaram esta 2º feira no Bahrein – país onde se encontra o estacionamento da 5º Frota dos EUA e sentinela avançada dos poços que abastecem o Ocidente. Forças estrangeiras tentarão conter os protestos liderados pela maioria xiita, que exigem direitos e o fim da monarquia. A polícia política do regime absolutista já não consegue conter os manifestantes que furaram bloqueios no domingo em mais um dia de choques. Apenas 25 quilómetros separam o Bahrein da Arábia Saudita, a principal fornecedora de petróleo da região. Em visita ao Bahrein, em 2008, o ex-presidente Bush classificou o país como 'o mais importante aliado dos EUA fora da OTAN'. Ainda em 2009, o rei Hamad, que mantém relações "carnais" com Washington, teria dito ao general David Petraeus, chefe do Estado Maior americano: "Tudo o que você quiser em terra, mar ou ar nós faremos". O diálogo elucidativo consta de despachos diplomáticos divulgados pelo WikiLeaks.
(Carta Maior; 2º feira, 14/03/2011)

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sábado, março 12, 2011

Corrupção institucional


Anuncia o governo, um novo PEC-4. Com os juros da Dívida Pública a atingirem os 8%, com o descontrolo das contas públicas (apesar dos desmentidos governamentais), o Governo recorre uma vez mais à receita de sempre – aumento de impostos e cortes nas funções sociais do Estado. Contudo, o peso do esforço fiscal dos portugueses é tão elevado que uma tal politica além de agravar a miséria no país, irá provocar uma tremenda recessão económica que marcará negativamente o país por várias décadas.
Repetimos o que denunciámos por várias vezes ao longo destes últimos anos. Deve-se à corrupção institucionalizada que, sobretudo ao longo dos últimos 15 anos devassa o País, a responsabilidade dos problemas orçamentais e financeiros do Estado e de Portugal. Todos os anos são desviados das verbas orçamentais do Estado um montante equivalente a 10% do PIB. Verbas desbaratadas em múltiplos órgãos da administração pública completamente parasitários, disfuncionais e sem sentido. Institutos, Comissões, Fundações, Gabinetes, Agências, Autoridades, etc, e Empresas Municipais, foram paulatinamente criados ao longo dos últimos anos, paralelamente aos serviços existentes, numa total irracionalidade. Os motivos para uma tão profunda alteração na gestão da administração pública, não tiveram como objectivo uma maior eficácia e racionalidade dos serviços, a defesa do bem público, mas unicamente a satisfação dos interesses pessoais dos governantes e seus acólitos. Criar cargos para as clientelas partidárias e promover com maior liberdade todo o género de negócios com proveitos privados. Uma vasta legislação nasceu paralelamente para dar cobertura, para institucionalizar uma tal corrupção - preenchimento de vagas por nomeação política, redução das habilitações para tais cargos, isenção da obediência ao regime jurídico dos fornecimentos e empreitadas públicas e muita outra com o mesmo propósito perverso; sem esquecer o controlo político a que foi submetida a Justiça, com nova legislação que “protege objectivamente” os arguidos em caso de corrupção, criando uma teia de formalidades processuais em prejuízo dos conteúdos, retirando meios e eficácia à investigação e pressionando ou perseguindo mesmo os procuradores e juízes que vão tentando manter a sua isenção e verticalidade.
Uma prova do parasitismo destes órgãos do Estado pode ser muito facilmente comprovada se nos perguntarmos se a Educação, a Saúde, a Segurança, a Justiça, a Agricultura, as Pescas, etc, apresentam nestes últimos anos melhorias que justifiquem os encargos (10% do PIB) com estes novos órgãos.
Portugal jamais sairá da situação miserável a que o conduziram, enquanto não extinguir o cancro que o consome. Enquanto não extinguir todos aqueles órgãos do Estado. Contudo, uma tal reforma na Administração Pública, não poderá confundir-se com as “reformas” que visam uma diminuição das funções sociais do Estado como preconizam as forças políticas neoliberais. Será que os portugueses terão coragem e força capaz para se livrarem do vasto bando de parasitas que o dominam e lhe sugam os parcos rendimentos do esforço do seu trabalho?

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quinta-feira, março 10, 2011


Não somos, não queremos continuar a ser, os Estados dos Business Unidos da América!
Ao contrário do que diz o poder, que quer que vocês desistam das pensões e aposentadorias, que aceitem salários de fome, e voltem para casa em nome do futuro dos netos de vocês, os EUA não estão falidos. Longe disso. Os EUA nadam em dinheiro. O problema é que o dinheiro não chega até vocês, porque foi transferido, no maior assalto da história, dos trabalhadores e consumidores, para os bancos e portefólios dos hiper mega super ricos.
Hoje, 400 norte-americanos têm a mesma quantidade de dinheiro que metade da população dos EUA, somando-se o dinheiro de todos.
Vou repetir. 400 norte americanos obscenamente ricos, a maior parte dos quais foram beneficiados no ‘resgate’ de 2008, pago aos bancos, com muitos trilhões de dólares dos contribuintes, têm hoje a mesma quantidade de dinheiro, acções e propriedades que 155 milhões de norte-americanos conseguiram juntar ao longo da vida, tudo somado. Se dissermos que fomos vítimas de um golpe de estado financeiro, não estamos apenas certos, mas, além disso, também sabemos, no fundo do coração, que estamos certos.
Mas não é fácil dizer isso, e sei por quê. Para nós, admitir que deixamos um pequeno grupo roubar praticamente toda a riqueza que faz andar nossa economia, é o mesmo que admitir que aceitamos, humilhados, a ideia de que, de facto, entregamos sem luta a nossa preciosa democracia à elite endinheirada. Wall Street, os bancos, os 500 da revista Fortune governam hoje esta República – e, até o mês passado, todos nós, o resto, os milhões de norte-americanos, nos sentíamos impotentes, sem saber o que fazer.
A loucura que fizeram em Wall Street custou-nos milhões de empregos. O Estado está arrecadando menos. Todos estamos sofrendo, como efeito do que os ricos fizeram.
Mas os EUA não estão falidos, amigos. Wisconsin não está falido. Repetir que o país está falido é repetir uma Enorme Mentira. As três maiores mentiras da década são: 1) os EUA estão falidos, 2) há armas de destruição em massa no Iraque; e 3) os Packers não ganharão o Super Bowl sem Brett Favre.
Michael Moore

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quarta-feira, março 09, 2011

Gerações à rasca


O que verdadeiramente está a acontecer com Portugal e, nos países economicamente mais frágeis da UE, é o mais descarado, abjecto e cruel ataque do capital financeiro; um verdadeiro saque para seu insaciável gozo e proveito, aos parcos rendimentos das famílias e das populações desses infelizes países. O mecanismo é simples e tem a colaboração dos vários governos nacionais. O Banco Central Europeu (BCE) empresta dinheiro às instituições financeiras europeias a um juro de 1% para que estas (depois dos enormes prejuízos que acumularam quando compraram todo o lixo em produtos financeiros especulativos que deu origem à crise financeira e que são da sua exclusiva responsabilidade), possam acumular rendimentos, ao comprarem as dívidas públicas a juros de 6 ou 7%, obtendo deste modo, sem qualquer risco, elevados lucros. Os governos, para suportarem tão elevados juros da sua dívida pública, lançam sobre os seus povos cada vez mais impostos e cortes sociais agravando assim a já precária vida das famílias trabalhadoras e da generalidade da população.
No fundo, trata-se de uma macabra “operação financeira” muito bem urdida pelo capital financeiro e pelo seu representante europeu – o BCE – consistindo em retirar dinheiro às famílias e à generalidade das populações e entregá-lo, de mão beijada, às instituições financeiras. Numa palavra, salvar os Bancos e aplicar a factura às populações. Não se estranhe portanto que o objectivo do BCE consista em retardar ao máximo a reestruturação das dívidas soberanas.
Esta a razão porque o BCE não empresta dinheiro aos países em dificuldades ao tal juro de 1% (como faz com os bancos), para que com esta liquidez pudessem actuar no mercado comprando as suas dívidas soberanas e assim atenuar e controlar os juros de novas emissões.
Esta a mais clara e inequívoca demonstração de que o capital financeiro, o BCE e a Comissão Europeia, está ao serviço directo e exclusivo do capital financeiro e manifesta o maior desprezo pelas condições de vida das famílias. É o domínio absoluto do capital financeiro na sociedade, gerador das mais acentuadas desigualdades sociais, do empobrecimento das famílias e de uma existência cada vez mais penosa das populações. Contrário aos valores de qualquer ética social e com total desdém pelos valores já alcançados pela civilização humana.
Será que os povos continuarão a acreditar pacientemente nas patranhas da elite dominante veiculada pelos órgãos de comunicação social ao seu serviço, prestando-se a aceitar sem revolta, sem rupturas, este retrocesso social, esta regressão civilizacional?

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sexta-feira, março 04, 2011

LÍBIA NO GRANDE JOGO


Líbia no Grande Jogo: No caminho para a nova partilha da África

Graças às suas ricas reservas de óleo e gás natural, a Líbia possui uma balança comercial positiva de 27 bilhões de dólares ao ano e uma média alta de rendimento per capita de 12 mil dólares, seis vezes maior que a do Egipto. Apesar da forte desigualdade dos rendimentos baixas e altos, o padrão médio de vida da população da Líbia (apenas 6,5 milhões de habitantes em comparação com os quase 85 milhões no Egipto) é, portanto, maior do que o Egipto e outros países do Norte Africano. Testemunha o facto de que quase um milhão e meio de imigrantes, a maioria do Norte da África, trabalharem na Líbia. Cerca de 85% da energia exportada pela Líbia vai para a Europa: a Itália ocupa a primeira colocação, seguida pela França, pela Alemanha e pela China. A Itália também ocupa o primeiro lugar nas importações da Líbia, seguida pela China, Turquia e Alemanha.
Essa estrutura que agora vai pelos ares é o resultado de algo que não pode ser caracterizado como uma revolta das massas empobrecidas, como as rebeliões do Egipto e da Tunísia, mas uma verdadeira guerra civil, devido uma cisão no grupo dominante. Quem fez o primeiro movimento explorou o descontentamento, que prevalece especialmente entre as populações da Cirenaica e jovens nas cidades, contra o clã de Khadafi, num momento em que toda a África do Norte tomou o caminho da rebelião. Ao contrário do Egipto e da Tunísia, no entanto, a revolta da Líbia foi pré-planeada e organizada.
A reacção na arena internacional é bastante simbólica, Pequim diz estar extremamente preocupada com os acontecimentos na Líbia e pediu por um “retorno rápido à estabilidade e normalidade”. A razão é muito clara: o comércio Sino-Líbio teve um forte crescimento (cerca de 30% apenas em 2010), mas agora a China pode ver que toda a estrutura das relações económicas com a Líbia, de quem as importações de petróleo são cada vez maiores, tem sido posta em causa. Moscovo está numa posição semelhante.
O sinal de Washington é diametralmente oposto: O presidente Barack Obama, que quando confrontado com a crise egípcio minimizou a repressão desencadeada por Mubarak e apelou a uma "transição ordenada e pacífica", condenou com veemência o governo líbio e anunciou que os EUA está preparando "o leque de opções que temos à disposição para responder a esta crise”, incluindo "acções que podemos realizar por conta própria e as que podemos coordenar com nossos aliados através de instituições multilaterais”. Essa mensagem é clara: Existe a possibilidade de uma intervenção EUA/OTAN na Líbia, formalmente para acabar com o derramamento de sangue. No entanto, as razões reais são evidentes: Se Kadhafi for derrotado, os Estados Unidos seriam capazes de derrubar toda a estrutura das relações económicas com a Líbia, abrindo o caminho para a entrada das empresas estadunidenses, até agora quase completamente excluídas da exploração das reservas energéticas da Líbia. Os Estados Unidos poderiam, assim, controlar a torneira para as fontes de energia sobre a qual a Europa depende em grande medida e que também abastece a China.

A OTAN está agora também para entrar no jogo, pois está prestes a concluir um tratado de parceria militar com a African Union, que inclui 53 países.
A sede da parceria African Union-OTAN já está em construção em Addis Abeba: uma estrutura moderna, financiada pela Alemanha em 27 milhões de euros, baptizado de: "Construindo paz e segurança".

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